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Bombardeio provocou a morte de uma jornalista

Monique Mello - 30/04/2022 08h16 | atualizado em 30/04/2022 08h25

Prédio em Kiev após último bombardeio Foto: EFE / Sergey Dolzhenko

A Rússia confirmou, na noite desta sexta-feia (29), ter atacado Kiev na quinta com armas de “alta precisão”, no mesmo dia da visita do secretário-geral da ONU, António Guterres. O bombardeio, que provocou a morte de uma jornalista, foi classificado pela Ucrânia como um tentativa de “humilhar as Nações Unidas”. O ataque causou indignação de vários países.

O Ministério da Defesa da Rússia alega ter atacado instalações da empresa espacial e de fabricação de mísseis Artyom. Foi o primeiro bombardeio na capital ucraniana desde meados de abril. Mas o que chamou a atenção foi que ele ocorreu um dia após a visita de Guterres a Moscou, que tinha conhecimento que o secretário-geral da ONU iria, em seguida, para a Ucrânia.

– É uma zona de guerra, mas causa comoção que tenha acontecido perto do lugar em que estávamos – disse Saviano Abreu, porta-voz da ONU, que acompanhava Guterres. Questionado sobre o ataque, Guterres disse-se “chocado”.

REAÇÕES
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, foi mais duro.

– O ataque diz muito sobre a verdadeira atitude da Rússia em relação às instituições globais. Isso exige uma reação poderosa, na mesma intensidade.

A Alemanha descreveu o bombardeio como “desumano” e afirmou que é um sinal de que o presidente russo, Vladimir Putin, “não tem nenhum respeito pelo direito internacional”.

O ataque provocou a morte da jornalista e produtora ucraniana Vira Hirich, que trabalhava para a Radio Free Europe – um dos mísseis russos atingiu o prédio residencial de 25 andares onde ela morava.

O ataque de quinta-feira fez acelerar as discussões dentro da União Europeia para impor um embargo gradual à compra de petróleo e gás da Rússia. O Exército britânico disse que enviará 8 mil soldados para se juntar às tropas de países da Otan em exercícios na Europa Oriental.

*AE

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