Paulo Moura - 31/05/2023 12h21 | atualizado em 31/05/2023 13h10

Um jantar que reuniria na última segunda-feira (29) o ditador venezuelano Nicolás Maduro, líderes petistas e ministros na casa do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, teve de ser cancelado por uma questão familiar. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o jantar não aconteceu em razão da morte da sogra do advogado.

A vinda de Maduro ao Brasil causou muita polêmica desde sua chegada, na noite do último domingo (28), quando militares brasileiros prestaram continência ao venezuelano. Nos dias seguintes, a controvérsia ficou principalmente em torno das falas de Lula, que saiu em defesa do ditador do país vizinho.

– Eu acho, companheiro Maduro, você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela da antidemocracia e autoritarismo, que cabe à Venezuela mostrar a sua narrativa – disse o petista na última segunda (29).

Já nesta terça (30), ao fim do encontro promovido pelo Brasil com os demais chefes de Estado da América do Sul, o petista voltou a chamar de “narrativa” as informações que circulam há anos sobre as arbitrariedades cometidas pelo regime de Maduro.

– Todo mundo sabe o que eu falo e todo mundo sabe o que eu penso. Em política, toda vez que você quer destruir um adversário, a primeira coisa que você faz é construir uma narrativa negativa dele (…). Desde o momento em que você cria uma narrativa de que ele é um demônio, a partir daí você passa a jogar todo mundo contra ele – completou.

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