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Ministro francês renuncia por escândalo com vinho e lagosta

Com dinheiro público, François de Rugy dava jantares luxuosos

Ana Luiza Menezes - 17/07/2019 17h07

François de Rugy deixou cargo de ministro da Ecologia Foto: EFE/ JULIEN DE ROSA

O ministro da Ecologia da França, François de Rugy, renunciou na terça-feira (16) devido à polêmica suscitada em torno dos suntuosos jantares que ofereceu como presidente da Assembleia Nacional com dinheiro do contribuinte e da custosa reforma do seu apartamento ministerial.

De Rugy afirmou em seu perfil no Facebook que apresentou a renúncia ao primeiro-ministro, Édouard Philippe, para poder preparar bem sua defesa.

O escândalo foi revelado pelo portal Mediapart, que na semana passada deu detalhes dos jantares promovidos pelo até hoje ministro com dinheiro público durante seu período como presidente da Assembleia Nacional. De Rugy afirmou que processará o portal por “difamação”.

– A mobilização necessária para me defender faz com que não esteja em condições de assumir com tranquilidade e eficácia a missão da qual me encarregou o presidente da República (Emmanuel Macron) e o primeiro-ministro – comentou.

Nas imagens divulgadas pelo portal, De Rugy e a esposa, Séverine de Rugy, aparecem em mesas luxuosamente decoradas, com grandes lagostas e garrafas de vinho com preço estimado de 500 euros (cerca de R$ 2.100). Criticado pela ostentação, De Rugy justificou que a situação correspondia às suas funções de representação pública.

A polêmica aumentou com a divulgação do alto custo da reforma do apartamento privado do ministério. Por 63 mil euros (R$ 265 mil), também de dinheiro público, De Rugy mudou a pintura, os carpetes, o piso e os banheiros, e instalou um grande closet, que custou quase 17 mil euros (R$ 71 mil).

De Rugy também foi criticado por ter alugado um apartamento na cidade de Nantes com subsídios, mesmo tendo um salário alto demais para obter esses benefícios, e por organizar um jantar com lobistas do setor energético, encontro que ele teria pedido para não ser registrado na agenda oficial.

Tanto o governo como a Assembleia Nacional da França investigavam esses fatos, mas a renúncia do ministro veio antes da divulgação das conclusões.

As revelações feitas pelo portal Mediapart sobre o agora ex-ministro acarretaram na quinta-feira passada a destituição da chefe de gabinete de François de Rugy, Nicole Klein, que ocupava uma habitação social em Paris desde 2001, quando já era funcionária do alto escalão, e a manteve de 2006 até 2018, época na qual nem sequer vivia na capital francesa.

*Com informações da EFE

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