Ministro de Lula volta a defender uso militar da energia nuclear
Alexandre Silveira afirmou que somente países com "soberania nuclear" serão respeitados no mundo
Thamirys Andrade - 15/10/2025 17h13 | atualizado em 15/10/2025 17h54

Um mês após causar polêmica ao defender que o Brasil revise suas políticas sobre o uso de armas nucleares, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a fazer declarações no mesmo sentido, nesta quarta-feira (15). A fala ocorreu durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN) na Câmara dos Deputados.
– Só será respeitado no mundo aquele [país] que tiver soberania nuclear. Então, vai chegar um momento em que a nossa Constituição, eu acredito, vai ter que ser revista porque nós temos a cadeia nuclear completa, e vamos ter que considerar, inclusive, a nuclear para possibilidade de defesa – declarou Silveira.
Atualmente, somente nove países possuem armas nucleares. São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Israel, Paquistão e Coreia do Norte. O Brasil, por sua vez, é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) desde 1998. O objetivo do acordo é impedir a proliferação de armas de destruição em massa e fomentar a cooperação no uso pacífico da energia nuclear.
Em setembro, Silveira já havia feito declarações similares durante a posse dos novos diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN).
– Infelizmente vivemos ataques muito fortes à nossa soberania. No longo prazo, tenho absolutamente certeza que os homens públicos do país vão ter que rever a posição para que mantenhamos um país soberano. Com tantas riquezas, temos que nos planejar para utilizar essa fonte [energia nuclear] para fins de defesa nacional – assinalou.
O comentário, que gerou forte repercussão, fez com que o Ministério de Minas e Energia divulgasse uma nota na qual Silveira recuava em sua declaração e chamava de “especulação” as notícias sobre o tema. Clique aqui e confira.
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