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Ministro argentino defende moeda única no Mercosul

Nicolás Dujovne discutiu o assunto na reunião do grupo

Mayara Macedo - 17/07/2019 13h19

Ministro da economia argentina Nicolás Dujovne Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O ministro da Economia da Argentina, Nicolás Dujovne, reacendeu as conversas sobre a criação de uma moeda única no Mercosul, a exemplo do que ocorre na Zona do Euro. Dujovne afirmou que o tema foi discutido em reunião com seus pares do Mercosul nesta quarta-feira (17), e que houve avanços.

A declaração foi dada menos de 24 horas depois de Paulo Guedes, o ministro brasileiro da economia, afirmar que essa conversa havia ficado para um horizonte distante. Ministros estão reunidos em Santa Fé, na Argentina, para encontro de líderes do Mercosul. O ministro argentino disse que os avanços nos debates ocorreram inclusive para a inclusão de Paraguai e Uruguai na moeda única.

– Vamos fazer um estudo profundo de que mudanças deveríamos fazer antes para seguir nesse processo que nos parece muito interessante – disse Dujovne.

Na noite anterior, o ministro brasileiro, Paulo Guedes, disse a jornalistas brasileiros que esse tema era algo “num horizonte mais distante, depois de atingir a integração econômica”. O anúncio da possível criação do “peso-real” foi feito no começo de junho, durante uma viagem do presidente Jair Bolsonaro e de sua equipe econômica à Argentina.

Ainda que fosse uma ideia de Guedes há anos, a divulgação do plano contrastou com as críticas que o ministro fez ao bloco econômico logo após a eleição de Bolsonaro. Entre os economistas, a ideia foi mal recebida. O motivo seria a necessidade de reformas que antecedessem uma integração monetária, como harmonização de políticas fiscal e cambial entre países.

Os vizinhos argentinos passam por uma crise severa, com inflação acima de 40% e com dólar cotado ao redor de 40 pesos. Indagado sobre as reformas trabalhista e uma nova reforma da previdência na Argentina, Dujovne disse que “não estava na agenda por ora”, algo que é considerado necessário por analistas para que o país possa ser competitivo quando o acordo com a União Europeia for implementado.

Além disso, o país está em período pré-eleitoral, o que dificulta o debate de temas sensíveis, como realização de reforma. Em três semanas ocorrem as primárias, e em outubro a eleição, para a qual o presidente argentino, Mauricio Macri, é candidato a reeleição.

*Folhapress

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