Mercosul suspende Venezuela pela segunda vez
Em 2016, o país foi suspenso por não cumprir as obrigações previstas
Livia Ribeiro - 05/08/2017 15h04 | atualizado em 05/08/2017 15h19
Neste sábado (5), chanceleres do Mercosul decidiram por unanimidade, a chamada cláusula democrática, suspender a Venezuela do bloco por tempo indeterminado.
Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, afirmou que Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai resolveram, por consenso, uma sanção grave de natureza política contra a Venezuela, baseados no Protocolo de Ushuaia, que permite aplicar punição ao país que rompe a ordem democrática, econômica e comercial.
– Esta é uma declaração que acrescenta um isolamento do Mercosul à Venezuela e na qual cumprimos o nosso dever. É um elemento a mais que estamos colocando para contribuir que a Venezuela possa a ter o direito de voltar a participar como país democrático – disse Aloysio.
Em dezembro de 2016, a Venezuela já havia sido suspensa por não cumprir as obrigações determinadas, como a proteção dos direitos humanos e acordo sobre residência, que libera a pessoa de qualquer país do bloco a morar em outro.
– Ainda que venha a cumprir os requisitos e internalizar as normas, se não tiver restabelecido a democracia, a Venezuela permanecerá suspensa do bloco – afirmou Aloysio.
O Mercosul não tem a intenção de excluir o país do bloco. A situação da Venezuela será debatida mais uma vez pelos chanceleres.