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Pleno.News - 12/03/2021 18h16

Cobrança veio dos países fundadores do bloco econômico Foto: Reprodução

Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países fundadores do Mercosul, pediram nesta sexta-feira (12) que os Estados Unidos prestem mais atenção à sua região, que tem atraído o interesse da China por vários anos, e ajudem nas campanhas de vacinação em seus respectivos países.

– Os Estados Unidos deveriam nos ouvir, porque o único que nos presta atenção é a China, que bate continuamente às nossas portas, já que o Mercosul é uma região muito rica. É importante que os EUA reconheçam que existe um bloco que ainda apoia o Ocidente, mas eles devem se preocupar e se aproximar de nossa região – declarou o chanceler do Uruguai, Francisco Bustillo, em uma conferência virtual organizada pelo Conselho do Atlântico, com sede em Washington.

Bustillo pediu ajuda dos EUA para que a região latino-americana enfrente melhor o “tsunami econômico” que está sofrendo com a pandemia de Covid-19, embora não tenha especificado como.

Quem também destacou o crescente impacto da China na América Latina foi o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, cujo país agora ocupa a presidência rotativa do Mercosul.

– Há uma reconfiguração do tabuleiro de xadrez internacional, e o papel cada vez mais importante da China não pode ser ignorado (…) O Mercosul foi o resultado de um forte desejo de integração, o que levou a um aumento significativo do comércio entre os quatro países, mas esse crescimento estagnou na última década – argumentou.

Já o chanceler do Paraguai, Euclides Acevedo, foi um passo além e lamentou que a “ganância de alguns” faça com que as vacinas não cheguem a todos os países, especialmente na América Latina, de forma semelhante.

– As vacinas deveriam ser um bem comum universal, mas não as recebemos por causa da ganância de alguns – afirmou sem citar nomes.

Coincidindo com essa situação, o presidente americano, Joe Biden, confirmou nesta semana que o governo dos EUA vai “compartilhar” com o resto do mundo doses da vacina contra a Covid-19 se tiver um volume excedente.

Conforme revelou matéria anterior do Pleno.News, o PIB da China foi o único do mundo que cresceu no ano da pandemia.

*EFE

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