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Maduro vendeu toneladas de ouro da Venezuela em sigilo

O caso foi exposto nesta quarta-feira por ex-deputado

Pleno.News - 03/03/2021 17h00 | atualizado em 03/03/2021 17h13

Nicolás Maduro Foto: EFE/ Prensa Miraflores

A oposição venezuelana denunciou, nesta quarta-feira (3), que Nicolás Maduro vendeu sigilosamente cerca de 300 toneladas de ouro que faziam parte das reservas da Venezuela, em uma operação que, segundo a acusação, rendeu cerca de 1 milhão de euros (R$ 6 milhões) ao governante sem que o destino do dinheiro seja conhecido.

– É uma operação que podemos chamar de “ouro por euros”. Maduro administra todo este dinheiro em sigilo – disse o ex-deputado Julio Borges.

Ele, que foi nomeado pelo líder da oposição Juan Guaidó, comissário presidencial das Relações Exteriores da Venezuela, deu declarações durante uma entrevista coletiva.

Segundo Borges, trata-se de uma conspiração que, só em 2020, envolveu a extração de barras que estavam no Banco Central da Venezuela (BCV), levadas em oito voos feitos por um avião russo “que pertence a uma empresa que presta serviços pessoais a Vladimir Putin”, presidente da Rússia.

O mesmo avião, de acordo com o ex-deputado, voou para o Mali, onde descarregou o ouro venezuelano, que foi depois levado para uma refinaria perto do aeroporto para ser derretido e transferido por outra aeronave, neste caso dos Emirados Árabes.

No Mali, segundo a oposição venezuelana, as barras foram trocadas por euros. Desta forma, o dinheiro voltou para Caracas no mesmo avião russo, enquanto o ouro foi para os Emirados Árabes ou, em alguns casos, para a Líbia, onde se presume que tenha sido recebido pelo marechal Khalifa Haftar, que controla o leste do país.

Borges disse que o ministro do Petróleo da Venezuela, Tareck el Aissami, está envolvido neste esquema, que foi “concebido” pelo empresário colombiano Alex Saab, apontado como testa de ferro de Maduro e foi preso em Cabo Verde quando atuava como enviado especial do governo.

Esta operação, denunciou Borges, envolve vários emiradenses, indivíduos e empresas do Mali e da Europa que foram identificados em uma apresentação que ele mesmo fez à Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos e que ainda planeja fazer a representantes da União Europeia (UE).

Borges criticou a Rússia, por “ajudar na manutenção da ditadura” na Venezuela, e os Emirados Árabes, por serem um “paraíso” no qual Maduro conseguiu escapar das inúmeras sanções econômicas impostas ao seu governo, acusado pelos EUA de violar os direitos humanos e de financiar o terrorismo.

Embora o opositor diga possuir “quase um gigabyte de informação”, contando com documentos, fotografias e vídeos que provariam esta afirmação, ainda não apresentou nada além de um comunicado e de um resumo dessas acusações.

*Com informações da Agência EFE

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