Maduro presta juramento como chefe de Estado reeleito
Ele teve 58% dos votos em eleição marcada por denúncias de fraude, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional
Ana Luiza Menezes - 24/05/2018 17h41 | atualizado em 24/05/2018 18h16

Apesar de muitos países não reconhecerem como válido o resultado das eleições que aconteceram na Venezuela, no último domingo (21), o atual presidente Nicolás Maduro prestou nesta quinta-feira (24) o juramento como chefe de Estado reeleito.
A ação de Maduro foi realizada em uma solenidade perante a Assembleia Constituinte.
O segundo mandato do presidente, que durará seis anos, só começará a valer no dia 10 de janeiro de 2019.
Na ocasião, Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, perguntou a Maduro, que ficará no cargo até 2025, se ele jurava cumprir as leis da República, se será leal ao mandato do povo e se irá fortalecer o caráter anti-imperialista, antioligárquico e socialista da revolução bolivariana.
– Juro ante este poder Constituinte plenipotenciário, ante a Constituição, ante o povo da Venezuela, cumprir e fazer cumprir a Constituição e levar adiante todos as mudanças revolucionárias – declarou Maduro.
Ele também jurou promover a união nacional e a reconciliação do povo, além de manter lealdade ao legado de Símon Bolívar e de Hugo Chávez.
Líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o presidente teve 58% dos votos nesta eleição, que foi marcada por denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal coalizão de oposição ao chavismo, não participou das últimas eleições por considerar que as condições de disputa não eram justas e transparentes. Eles consideram o pleito como uma fraude, assim como os Estados Unidos e o Brasil.
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