Macron exige de Putin um cessar-fogo em conflito
Presidentes da França e da Alemanha tiveram conversa com líder russo, nesta quinta-feira
Pleno.News - 10/03/2022 11h25 | atualizado em 10/03/2022 11h43
Nesta quinta-feira (10), o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, exigiram do presidente da Rússia, Vladimir Putin, um cessar-fogo na Ucrânia. Os dois insistiram que a solução para a crise deve vir de negociações entre os governos das duas antigas repúblicas soviéticas.
Fontes do Palácio do Eliseu informaram que, por iniciativa do chefe de governo francês, ele e Scholz conversaram com Putin poucas horas antes do início, em Versalhes, de uma cúpula da União Europeia (UE). O evento terá como tema central a invasão à Ucrânia e seus desdobramentos.
No diálogo, que teve cerca de uma hora de duração, o Macron e Scholz “exigiram da Rússia um alto de cessar-fogo imediato”, segundo fontes do Eliseu.
Os dois chefes de governo também insistiram que “qualquer solução para a crise deve ser negociada entre Rússia e Ucrânia, excluindo assim a imposição pela força.
Macron e Scholz, contudo, destacaram que Moscou não pode tentar a deposição do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Na conversa, o presidente francês recordou a guerra na Ucrânia. Para ele, “as próximas etapas” do conflito estão previstos entre os assuntos dos líderes dos país integrantes da União Europeia, em Versalhes.
Um dos pontos críticos será chegar ao acordo sobre um programa para reduzir ou até acabar com as importações de gás e petróleo da Rússia, que são as principais fontes de receita do regime de Putin. As posições diferem, sobretudo, entre os países menos dependentes, como Espanha e França, cujas importações representam 8% e 20% do consumo, respectivamente. Para outros países, como a Alemanha, o índice sobe para 55%, enquanto há casos como da Finlândia e Romênia, em que a taxa é de 100%.
Na conversa desta quinta-feira, Macron, Scholz e Putin entraram em acordo sobre a manutenção de um contato estreito nos próximos dias.
*EFE
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