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Macron e mais 13 líderes tiveram os celulares hackeados

Trata-se de espionagem com o uso do programa Pegasus

Pleno.News - 20/07/2021 17h25 | atualizado em 20/07/2021 18h05

Emmanuel Macron foi alvo do software Pegasus Foto: EFE / EPA / LUDOVIC MARIN /

Os números de telefone do presidente francês, Emmanuel Macron, e de integrantes de seu gabinete constam em uma lista de possíveis alvos do Pegasus, software que alguns países usaram para espionar políticos, ativistas e jornalistas, conforme disse o diretor da organização Forbidden Stories, Laurent Richard, nesta terça-feira (20).

Outros 13 líderes mundiais, entre eles o presidentes do Iraque e o da África do Sul, também foram espionados.

– Encontramos esses números, mas não pudemos realizar uma investigação técnica do telefone de Macron para verificar se ele está hackeado por este software – explicou Richard à rede de LCI, confirmando uma informação do jornal Le Monde.

– Portanto, não está claro se o presidente foi realmente espionado. Mas sabemos, em todo caso, que houve interesse em fazê-lo – acrescentou o diretor.

A Presidência francesa afirmou que irá esclarecer os fatos.

Desenvolvido pelo grupo israelense NSO, o Pegasus permite recuperar mensagens de texto, fotos, contatos e até ouvir ligações de celulares invadidos. Clientes do grupo selecionaram ao menos 50 mil números de telefone, desde 2016, com intenção de espioná-los.

A Forbidden Stories e a Anistia Internacional obtiveram uma lista com todas as vítimas e a compartilharam com um consórcio formado por 17 veículos de comunicação, entre eles o jornal francês Le Monde, o britânico The Guardian, o americano The Washington Post e os mexicanos Proceso e Aristegui Noticias. A lista inclui 180 jornalistas, 600 políticos, 85 militantes defensores dos direitos humanos e 65 empresários.

VÍTIMAS DO ALTO ESCALÃO
Além de Macron, outros 13 líderes mundiais estavam listados no documento obtido pela Forbidden Stories e pela Anistia Internacional. São eles:

– Barham Salih, presidente do Iraque;

– Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul;

– Imran Khan, premiê do Paquistão;

– Mostafa Madbouly, premiê do Egito;

– Saad-Eddine El Othmani, premiê do Marrocos;

– Sete ex-primeiros ministros, espionados enquanto ainda estavam no cargo, incluindo Saad Hariri, do Líbano; Ruhakana Rugunda, de Uganda; e Charles Michel, da Bélgica;

– Mohammed VI, rei do Marrocos.

Segundo as revelações, outros alvos de espionagem seriam vários parentes e colaboradores do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador.

REPÚDIO INTERNACIONAL
A revelação da lista trouxe críticas veementes de autoridades internacionais.

– Não estamos apenas falando sobre alguns Estados desonestos, mas sobre o uso massivo de um programa de espionagem por pelo menos 20 países – disse a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, à BBC nesta segunda-feira (19).

– Este é um grande ataque contra o jornalismo crítico – afirmou.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que este escândalo “tem de ser verificado. Mas, se assim for, é totalmente inaceitável”.

– A liberdade de imprensa é um dos valores fundamentais da União Europeia – acrescentou.

*AE

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