Macron diz estar disposto a visitar Kiev “se for útil”
Presidente francês deu declarações nesta segunda-feira
Pleno.News - 11/04/2022 16h17 | atualizado em 11/04/2022 16h46

Nesta segunda-feira (11), o presidente da França e candidato à reeleição, Emmanuel Macron, afirmou que não descarta fazer uma nova visita a Kiev. Porém, ele salientou que só irá se sua presença puder ser útil.
– Estou disposto a fazer qualquer coisa, ir a Kiev ou a outra cidade ucraniana, mas não farei isso apenas para fazer uma visita à embaixada, apenas se essa visita puder desencadear um novo processo. Quero que seja útil – falou.
Ele deu declarações durante uma entrevista à emissora BFMTV.
Macron esteve na capital ucraniana e em Moscou no início de fevereiro. Na ocasião, ele se reuniu com seus respectivos presidentes, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, antes que a Rússia iniciasse a invasão da Ucrânia no dia 24 daquele mês.
– Fiz isso para tentar evitar a guerra. Então não parei de ligar para o presidente Zelensky e para Putin. Cada vez a pedido de Zelensky – disse o presidente francês.
No último domingo (10), ele garantiu sua passagem ao segundo turno das eleições presidenciais francesas junto com a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
Macron destacou que, caso o diálogo entre os líderes da Ucrânia e da Rússia possa ser retomado, uma visita ao terreno “talvez seja útil”.
– O que nossos compatriotas esperam de mim é que eu faça todo o possível para proteger os franceses de uma extensão da guerra, que sancionemos a Rússia, que estejamos com os ucranianos e que façamos tudo para evitar uma escalada – enfatizou.
A guerra na Ucrânia marcou a campanha eleitoral na França. O conflito continua a protagonizar o debate antes do segundo turno das eleições no próximo dia 24 de abril.
De acordo com os resultados provisórios divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Interior no seu site, com 100% das urnas já apuradas, Macron obteve 27,84% dos votos no último domingo, contra 23,15% de Le Pen.
– O meu projeto foi colocado no topo, o que não é óbvio para um presidente em fim de mandato – disse Macron.
Ele agradeceu por ter tido mais apoio do que no primeiro turno de 2017, mas ressaltou estar ciente de que o país está “rachado”.
*EFE
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