Emmanuel Macron buscará pactos com outros partidos
Presidente francês fez discurso televisionado à nação, nesta quarta-feira
Pleno.News - 22/06/2022 17h29 | atualizado em 22/06/2022 17h41
Nesta quarta-feira (22), o presidente da França, Emmanuel Macron, descartou a formação de um governo de unidade nacional para enfrentar a divisão parlamentar que surgiu após as eleições legislativas do último domingo (19). Ele apelou às coalizões ou pactos específicos para avançar o país.
Em discurso televisionado à nação, Macron reconheceu o avanço da abstenção e a “nova” divisão do Legislativo, que priva seu partido de maioria absoluta para aplicar seu programa, mas pediu “uma maioria mais ampla e clara para agir”.
– Temos que legislar de forma diferente – disse o presidente.
Ele apelou para “ampliar” o seu apoio por meio de coligações com o resto das forças políticas ou com apoio específico para as leis apresentadas pelo governo.
Depois de receber na terça e nesta quarta os principais líderes parlamentares, Macron dirigiu-se ao país antes de seguir para o exterior onde participará de uma série de cúpulas internacionais.
Dans une volonté d’union et d’action pour la Nation, il nous faudra clarifier dans les prochains jours la part de responsabilité et de coopération que les différentes formations de l’Assemblée nationale sont prêtes à prendre. pic.twitter.com/4J3xgmWZOh
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) June 22, 2022
No regresso, garantiu, estudará como os diferentes partidos se posicionaram contra a sua oferta de se juntar ao seu grupo parlamentar, de forma permanente ou ocasionalmente, para evitar a paralisação do país.
Os diferentes partidos representados podem “entrar em uma coligação de governo e ação” ou “comprometer-se a votar algumas leis”.
– Cabe aos grupos políticos decidir, com total transparência, até onde estão dispostos a ir – disse.
No entanto, ele excluiu a possibilidade de alterar o rumo do projeto no qual foi reeleito como presidente do país, em abril, apesar de dois meses depois seu partido ter perdido a maioria absoluta.
*EFE
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