Lula e Fernández: Decidimos avançar sobre moeda comum
Texto assinado pelos dois presidentes foi publicado, neste domingo, no diário argentino Perfil
Pleno.News - 22/01/2023 19h41 | atualizado em 23/01/2023 11h23

Um artigo assinado de forma conjunta pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, confirma a intenção de criar uma moeda comum sul-americana para transações tanto comerciais quanto financeiras.
O texto assinado pelos chefes de Estado, à véspera do primeiro encontro bilateral entre presidentes dos dois países foi publicado, neste domingo (22), no diário argentino Perfil.
– Pretendemos quebrar as barreiras em nossas trocas, simplificar e modernizar as regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum que possa ser usada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa – escreveram Lula e Fernández.
No artigo, os dois presidentes também condenam todas as formas de extremismo antidemocrático e violência política, numa clara referência aos protestos, que ocorreram duas semanas atrás em Brasília.
– Os laços entre Argentina e Brasil se sustentam na consolidação da paz e da democracia. Queremos democracia para sempre. Ditadura nunca mais.
Apesar de ser um diário pouco conhecido no Brasil, o artigo publicado no Perfil repercutiu nos grandes jornais argentinos, como o Clarin. O britânico Financial Times também deu espaço, neste domingo, para a criação da moeda comum.
Segundo reportagem do Financial Times, o movimento pode eventualmente criar a segunda maior moeda de um bloco econômico do mundo. O ministro da economia argentino, Sergio Massa, afirmou ao veículo inglês que serão estudados os parâmetros necessários para uma moeda comum.
Segundo o Clarin, a ideia de que Argentina e Brasil tenham uma moeda em comum para trocas comerciais transcendeu as rachaduras políticas entre os países.
– Lula da Silva a propôs assim que foi eleito para seu primeiro mandato, em 2002, a ideia foi retomada anos depois pelos governos de Jair Bolsonaro e Mauricio Macri, e agora Lula e Alberto Fernández sonham com ela – lembrou o jornal argentino.
*AE
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