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Presidente do Uruguai não poupou os autocratas e impôs derrota diplomática ao governo Lula

Marcos Melo - 25/01/2023 18h39 | atualizado em 25/01/2023 19h00

Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou Foto: EFE/ Gastón Britos

Demonstrando personalidade firme, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, discursou na cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta terça-feira (24). O encontro foi marcado para celebrar a volta do Brasil ao bloco e tinha tudo para se tornar um palco para enaltecer políticas arbitrárias dos países comandados pela esquerda autoritária. O presidente Lula (PT) capitaneava uma fala acolhedora e de complacência com as ditaduras de Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Luis Lacalle Pou não poupou os autocratas ideológicos e impôs a primeira derrota diplomática do governo Lula.

– Fala-se de respeito à democracia, às instituições e aos direitos humanos no documento conjunto assinado pelos membros deste bloco. Mas há países aqui que não respeitam a democracia, as instituições e os direitos humanos – disparou o uruguaio.

Ele ainda criticou o que chamou de “clube de amigos ideológicos”, se referindo à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que será continuada por Lula, o Mercosul e a Celac, que segundo Luis Lacalle Pou, tem apenas a finalidade de difusão de discursos partidários, são “protecionistas” e não convertem em ações efetivas demandas comerciais.

– Devemos dar pequenos passos, mas em uma mesma direção. E não fazer grandes discursos, que nos congelam sob os conceitos de solidariedade e outros muito bonitos, mas que, às vezes, não podem ser colocados em prática – ressaltou.

O correligionário do partido Nacional, de centro-direita, se apresentou como antagonista aos interesses de Lula e seus asseclas.

Embora o Mercosul exija que os membros só façam tratados com outros países em bloco, o mandatário do Uruguai já adiantou em sua fala que seu país continuará insistindo em acordo comercial com a China. E reivindicou um Mercosul “moderno, flexível e aberto ao mundo”.

Lula deu um passo atrás e optou por não divergir.

– Minha relação com outros chefes de Estado não passa pelo ideológico. Os presidentes não precisam pensar como eu – pacificou Lula.

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