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Juliá, terrorista espanhol, é extraditado do Brasil

Carlos García Juliá é um dos autores de ataque que matou cinco advogados

Camille Dornelles - 07/02/2020 09h34

Nesta sexta-feira (7), o espanhol Carlos García Juliá, condenado por participar de um atentado terrorista em Madri, chegou na Espanha. Ele foi extraditado do Brasil após uma decisão do Congresso Nacional e do governo federal.

Após chegar ao aeroporto de Barajas, García Juliá foi levado pela polícia a uma prisão em Madri, onde autoridades determinarão quantos anos de prisão ainda precisa cumprir após ter fugido da Espanha quando obteve a liberdade condicional.

O espanhol foi preso na cidade de São Paulo no dia 5 de dezembro de 2018 e está detido na sede da Polícia Federal desde então. A PF trabalhou em parceria com a Interpol para interceptar o criminoso.

Ele vivia na capital paulista como motorista de Uber e usava identidade falsa venezuelana. Em agosto de 2019, o Supremo Tribunal Federal se reuniu para decidir sobre a extradição. Ela foi autorizada e então o governo Jair Bolsonaro confirmou a autorização no início desde ano.

O CRIME
Juliá, de 67 anos, foi um dos autores do tiroteio dentro de um escritório de advogados trabalhistas e de militantes do ainda ilegal Partido Comunista da Espanha. Em 24 de janeiro de 1977, ele e o comparsa José Fernández Cerra invadiram o espaço em busca do dirigente comunista Joaquín Navarro, que era secretário-geral do Sindicato dos Transportes.

No escritório, a dupla matou a tiros os advogados Enrique Valdelvira, Javier Sauquillo e Luis Javier Benavides, o estudante de Direito Serafín Holgado e o assistente administrativo Ángel Rodríguez. Outras quatro pessoas ficaram feridas: Miguel Sarabia Gil, Alejandro Ruiz-Huerta Carbonell, Luis Ramos Pardo e Lola González Ruiz, esta última esposa de Sauquillo.

Chamado na Espanha de Matança de Atocha, o massacre se transformou em um dos símbolos do retorno da democracia na Espanha. Os dois foram condenados pela Audiência Nacional pelos cinco assassinatos no local.

Juliá fazia parte do grupo de extrema-direita Fuerza Nueva e cumpriu 14 dos 193 anos aos quais foi condenado.

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