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Jornalista opositor de Putin é condenado a 25 anos de prisão

Vladimir Kara-Murza foi acusado de divulgação de informações falsas no contexto da guerra na Ucrânia

Pleno.News - 18/04/2023 10h56 | atualizado em 18/04/2023 11h15

Vladimir Kara-Murza durante anúncio do veredito Foto: EFE/EPA/TRIBUNAL DA CIDADE DE MOSCOW

Vladimir Kara-Murza, um dos mais proeminentes opositores de Vladimir Putin, foi condenado a 25 anos de prisão por traição e divulgação de informações falsas no contexto da guerra na Ucrânia. O tribunal russo completou o processo envolvendo o ativista cerca de um ano após ele ser detido em prisão preventiva.

O ex-jornalista foi considerado culpado de traição por difundir informações “falsas” sobre o Exército russo e por ser afiliado a uma “organização indesejável”. Ele é o último de vários oponentes de Putin a ser preso ou forçado a fugir da Rússia.

Kara-Murza negou todas as acusações. Sua sentença de 25 anos é a pena mais longa que uma figura da oposição recebeu até agora. Na semana passada, ele disse em comunicado:

– Sustento cada palavra que disse. Não só não me arrependo de nada, como tenho orgulho disso. Eu sei que chegará o dia em que a escuridão que envolve nosso país se dissipará. Nossa sociedade abrirá os olhos e estremecerá quando perceber que crimes foram cometidos em seu nome – afirmou em comentários publicados online.

Segundo o juiz russo, a pena será cumprida em uma “colônia correcional de regime estrito” e Kara-Murza será multado em 400 mil rublos (cerca de R$ 24 mil).

Kara-Murza é um ex-jornalista próximo do opositor Boris Nemtsov, que foi assassinado a tiros perto do Kremlin, em 2015, e de Mikhail Khodorkovski, ex-oligarca que se tornou crítico de Putin.

VENENO
O opositor, que continua morando na Rússia, afirmou que foi envenenado duas vezes, em 2015 e 2017, por suas posições políticas. Kara-Murza foi declarado “agente estrangeiro”, ao lado de vários jornalistas, incluindo Alexei Venediktov, diretor da estação de rádio Eco, de Moscou.

Kara-Murza desempenhou um papel fundamental em persuadir os governos ocidentais a impor sanções a autoridades russas por abusos de direitos humanos e corrupção.

Seu caso foi parcialmente baseado em um discurso que ele fez a políticos nos Estados Unidos, no ano passado, quando disse que a Rússia estava cometendo crimes de guerra na Ucrânia com bombas em áreas residenciais e “o bombardeio de maternidades e escolas”.

Essas alegações foram documentadas de forma independente, mas consideradas falsas por investigadores russos que disseram que o Ministério da Defesa “não permitia o uso de meios proibidos de gravação” e insistiam que a população civil da Ucrânia não era alvo.

*AE

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