Pleno.News - 09/07/2021 17h58

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu nesta sexta-feira (9) que seu homólogo russo, Vladimir Putin, “tome medidas” para restringir as atividades de quem realiza ataques cibernéticos com ransomware a partir da Rússia.

Biden transmitiu essa mensagem a Putin durante uma conversa por telefone de uma hora entre os dois, dias depois que um ataque cibernético à empresa americana Kaseya afetou mais de 1.500 outras companhias em todo o mundo.

– O presidente Biden falou com o presidente Putin sobre os contínuos ataques de ransomware realizados por criminosos russos que afetaram os Estados Unidos e outros países ao redor do mundo – informou a Casa Branca por meio de comunicado.

Segunda a nota, o presidente dos EUA “enfatizou a necessidade de a Rússia tomar medidas para restringir as atividades de grupos de ransomware que operam na Rússia”.

Biden também “reiterou que os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para defender seu povo e sua infraestrutura crítica em face deste desafio contínuo”, acrescentou a Casa Branca.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse posteriormente que, por enquanto, os Estados Unidos não têm evidências que indiquem que “o governo russo dirigiu os ataques” contra a Kaseya.

No entanto, lembrou que o grupo REvil, de origem russa e que os especialistas apontam como responsável pelo ataque, “opera a partir da Rússia, com subsidiárias em todo o mundo”.

Psaki frisou, em sua coletiva de imprensa diária, que acredita “que (o governo russo) tem a responsabilidade de agir” contra os grupos que operam em seu país. Por outro lado, a porta-voz não quis dar detalhes sobre a possível resposta dos Estados Unidos, garantindo que não quer “dar pistas” sobre a retaliação.

O ciberataque da Kaseya se seguiu a vários outros sofridos nos últimos meses nos Estados Unidos, como o da Colonial, maior rede de oleodutos do país, e o da JBS, maior processadora de carne do mundo, que foram vítimas de operações semelhantes dos hackers.

Em sua conversa de hoje, Biden e Putin também comentaram a decisão do Conselho de Segurança da ONU, que concordou em estender o fornecimento de ajuda humanitária da Turquia ao norte da Síria, do qual dependem milhões de civis que vivem no último reduto da oposição.

Os dois presidentes atribuíram esse avanço ao “trabalho conjunto de suas respectivas equipes” após a cúpula que os dois realizaram em Genebra em 16 de junho, segundo informou a Casa Branca.

*EFE

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