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Joe Biden defende renúncia de governador acusado de assédio

Presidente se manifestou favorável à saída de Andrew Cuomo do cargo de governador de Nova Iorque

Paulo Moura - 04/08/2021 07h13 | atualizado em 04/08/2021 09h38

Presidente Joe Biden Foto: EFE/Chris Kleponis

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou-se a favor de que o governador democrata de Nova Iorque, Andrew Cuomo, renuncie ao cargo após a divulgação da investigação contra o político que aponta para a prática de assédio sexual a 11 ex-funcionárias. Ao ser perguntado se Cuomo deveria deixar o cargo, o presidente norte-americano respondeu positivamente.

O relatório da investigação contra o governador de Nova Iorque, contendo 168 páginas, traz evidências de que Cuomo infringiu as leis estaduais e federais por sua conduta. As vítimas – incluindo uma assistente executiva e uma policial estadual – relataram terem sido tocadas nas partes íntimas pelo político.

Apesar de Cuomo negar as acusações, dizer que nunca tocou “em ninguém de forma inadequada” e que os fatos “são muito diferentes do que foi retratado”, o porta-voz do partido Democrata na Assembleia do estado de Nova Iorque, Carl Heastie, chamou as conclusões do relatório de “perturbadoras” e disse que elas apontam para “alguém que não está apto para o cargo [de governador]”.

A senadora democrata do estado de Nova Iorque e líder da maioria do Senado norte-americano, Andrea Stewart-Cousins, afirmou que o documento detalhava um “comportamento inaceitável” de Cuomo em sua administração. Por isso, segundo ela, o governador deveria “renunciar para o bem do estado”.

O primeiro relato de assédio contra o governador de Nova Iorque foi dado pela ex-assessora do governo, Lindsey Boylan. Em artigo publicado em fevereiro de 2021 na plataforma Medium, ela detalhou vários momentos desconfortáveis que teve com Cuomo entre 2015 e 2018.

Durante o período, quando trabalhou na agência de desenvolvimento econômico do estado de Nova Iorque, Boyle relatou que seu chefe na época lhe disse que o governador tinha “tesão” por ela. Segundo a ex-assessora, Cuomo, em vários momentos, “se esforçou para me tocar no traseiro, nos braços e nas pernas”.

Em outubro de 2017, durante uma viagem de trabalho, ela disse que Cuomo falou que eles deveriam “jogar strip poker” e que, em 2018, o governador lhe deu um beijo na boca inesperado depois de uma reunião em seu escritório, em Manhattan.

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