Joe Biden anuncia medidas para restringir venda de armas
Ordem executiva foi assinada nesta terça-feira
Pleno.News - 14/03/2023 16h30 | atualizado em 14/03/2023 17h43

Nesta terça-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva anunciando novas ações para dificultar o acesso às armas de fogo no país. O democrata planeja dar mais detalhes das medidas durante uma visita a Monterey Park, na Califórnia, onde 11 pessoas foram mortas em um tiroteio em janeiro.
A ordem executiva, emitida pela Casa Branca, visa reduzir a violência armada, entre outras medidas, por meio de melhorias para apoiar os sobreviventes de tiroteios e as famílias das vítimas durante os seus processos de recuperação da saúde mental.
O Departamento de Saúde e a Procuradoria-Geral da República deverão apresentar uma proposta ao gabinete do presidente até 15 de setembro deste ano.
Além disso, Biden dará instruções ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, para ajustar a atual definição jurídica das empresas que vendem armas, de modo que se aproximem da lei que as obriga a realizar verificações de antecedentes criminais em todos os potenciais compradores.
– Esta medida significa que menos armas serão vendidas sem verificação de antecedentes e, portanto, menos armas acabarão nas mãos de criminosos e abusadores – disse um funcionário da Casa Branca, que antecipou as ações em conversa com a imprensa.
Biden anunciará que o governo lançará campanhas de informação sobre as chamadas leis de “bandeira vermelha”, que permitem a ativação de um procedimento jurídico para confiscar as armas de fogo daqueles que representam um perigo para os outros ou para si próprios.
– Dezenove estados e o distrito de Columbia aprovaram tais leis, mas elas não são eficazes se o público não souber quando e como utilizá-las – acrescentou.
Com respeito aos fabricantes, Biden solicitará à Comissão Federal de Comércio que prepare um relatório sobre a forma como essas empresas promovem o uso de armas de fogo entre os menores de idade, informou a Casa Branca.
Junho marca um ano desde que o Congresso aprovou um acordo legislativo limitado, mas histórico, sobre o controle de armas de fogo.
Essa lei incluiu uma revisão do processo de compra de armas para os menores de 21 anos e estabeleceu incentivos para os estados aprovarem as chamadas leis de “bandeira vermelha”.
No entanto, tais restrições contam com a oposição de alguns membros do Partido Republicano, que apontam violações de direitos constitucionais.
Em 21 de janeiro, um homem matou 11 pessoas na cidade de Monterey Park, a 15 quilômetros de Los Angeles, e suicidou-se pouco depois, quando foi encurralado pela polícia.
*EFE
Leia também1 Caça da Rússia derruba drone dos EUA no Mar Negro
2 Musk cita doutrinação soviética em escolas e faculdades de elite
3 Missionários brasileiros ficam ilhados na África após ciclone
4 Reino Unido: Escolas ensinam sobre 100 tipos de gêneros
5 Duas adolescentes são suspeitas de matar outra menor na Alemanha