Itália se torna o 1º país da UE a proibir exportação de vacinas
País bloqueou envio de 250 mil doses da vacina AstraZeneca para a Austrália
Pleno.News - 04/03/2021 15h46 | atualizado em 04/03/2021 16h01
A Itália bloqueou o envio para a Austrália de 250 mil doses da vacina AstraZeneca, disseram nesta quinta-feira (4) fontes europeias à Agência EFE. Com a decisão, o país se tornou o primeiro da União Europeia (UE) a tomar uma decisão desse tipo, já que Bruxelas aprovou o mecanismo de controle de exportação de medicamentos produzidos em território comunitário.
A Itália transferiu sua decisão para a Comissão Europeia (CE) na semana passada, e o Executivo Comunitário, que tem a última palavra sobre o assunto, não se opôs à proibição decretada por Roma.
O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, falou na quarta-feira (3) com a presidente da CE, Ursula Von der Leyen, sobre como acelerar a resposta sanitária da Europa contra o coronavírus, em relação à campanha de vacinação.
A Comissão Europeia aprovou o mecanismo após a polêmica com a AstraZeneca pelo seu anúncio de que, no primeiro trimestre, forneceria menos da metade das doses acordadas com Bruxelas e pela suspeita de que a farmacêutica estaria vendendo vacinas correspondentes aos países da UE para o Reino Unido. Estas insinuações foram rejeitadas pelo laboratório anglo-sueco.
A medida exige que as empresas farmacêuticas avisem previamente as autoridades nacionais sobre quantas doses fabricadas no seu território pretendem exportar para outros países, e os Estados devem decidir no prazo de 48 horas se autorizam ou não a venda, embora tenham de consultar a Comissão Europeia.
As doses podem ser bloqueadas se a quantidade a ser exportada for considerada tão alta que pode colocar em risco o fornecimento de vacinas à UE.
O mecanismo de controle de exportação gerou uma crise política entre Bruxelas, Dublin e Londres, devido à autorização inicial dada pela CE para bloquear a exportação de vacinas entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.
*Com informações da Agência EFE
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