Israel protesta na ONU por inquérito de mortes em Gaza
Embaixadora israelense considerou que o Conselho de Direitos Humanos espalhou mentiras sobre o país
Henrique Gimenes - 18/05/2018 21h03
Nesta sexta-feira (18), Israel protestou contra o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) após decisão de abrir um inquérito para apurar as mortes em Gaza ocorridas na segunda-feira (14). Durante a sessão, o conselho chegou a considerar que os israelenses fizeram uso excessivo de força. As informações foram dadas pela Reuters.
A decisão da ONU gerou uma repreensão da embaixadora de Israel em Genebra, Aviva Raz Shechter. Ela considerou que a reunião do Conselho de Direitos Humanos teve o objetivo de “espalhar mentiras sobre Israel” além de ter tido “cinco horas de declarações ridículas”.
– Com esta resolução a comissão alcançou novos patamares de hipocrisia e os padrões mais baixos de credibilidade – ressaltou.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou que a reunião do conselho teve o propósito de “não investigar a verdade, mas comprometer o direito de legítima defesa de Israel e escolher o Estado judeu a dedo para uma demonização”.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU é composto 47 países. Destes, 29 votaram pela investigação e 14 nações se abstiveram. Apenas os Estados Unidos e a Austrália votaram contra.
Na segunda, os Estados Unidos inauguram sua nova embaixada em Jerusalém. A mudança gerou manifestações que acabaram culminando em violência. Na Faixa de Gaza, cerca de 40 mil pessoas protestaram na fronteira contra a decisão. As forças de segurança de Israel reagiram, matando cerca de 60 palestinos e deixando mais de 2 mil feridos.
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