Israel não aceita pedido de desculpas de líder palestino
Mahmoud Abbas teria dito que judeus são culpados pelo Holocausto
Gabriela Doria - 04/05/2018 11h56 | atualizado em 04/05/2018 12h11

O ministro de Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, não aceitou as desculpas do presidente palestino, Mahmoud Abbas, aos judeus, pelos comentários de segunda-feira (30). A fala de Abbas foi amplamente condenada e tachada de antissemita.
– Abu Mazen (Mahmoud Abbas) é um negociador do Holocausto que escreveu um doutorado sobre a negação do Holocausto e depois publicou um livro sobre isso. Isto não pode ficar assim. A desculpa não é aceita – tuitou o ministro.
O presidente palestino expressou arrependimento na manhã desta sexta-feira (4)
– Aos que se ofenderam pelos meus comentários perante o Conselho Nacional Palestino, especialmente os de fé judia, quero me desculpar. Quero garantir a todo o mundo que [ofender] não era a minha intenção e reiterar meu respeito absoluto à fé judia e ao resto de credos monoteístas – disse Abbas em um comunicado.
Abbas ressaltou sua “condenação do Holocausto, o crime mais atroz da história” e expressou a “simpatia com as vítimas”.
– Do mesmo modo, condenamos o antissemitismo em todas as suas formas e confirmamos o nosso compromisso com a solução dos dois Estados, para conviver uns junto aos outros em paz e segurança – acrescentou a nota, divulgada pelo seu escritório após dias de condenação ao presidente palestino pelas suas controversas declarações.
Abbas atribuiu na segunda-feira o Holocausto e outros ataques aos judeus na Europa a “questões sociais” e “financeiras”. Ele se referiu ao fato da comunidade se dedicar “à usura e aos empréstimos”, e afirmou que os ataques contra judeus não se deveram a motivos religiosos e nem ao antissemitismo.
*Com informações da Agência EFE
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