Camille Dornelles - 06/11/2018 08h11 | atualizado em 06/11/2018 08h22

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, zombou dos Estados Unidos por incluir na sua lista de 700 entidades sancionadas um navio que afundou em janeiro e um banco fechado há seis anos.

Zarif afirmou, em um tuíte publicado nesta terça-feira (6), que este movimento é “uma operação psicológica desesperada para ampliar a lista de entidades iranianas sancionadas”.

Segundo o chefe da diplomacia iraniana, este tipo de sanção prova que as políticas de Washington estão dirigidas de modo “indiscriminado” contra a população iraniana.

Zarif se referiu ao banco Tat, fechado desde setembro de 2012, e ao petroleiro Sanchi, que afundou em janeiro deste ano após sofrer um acidente no mar da China Oriental. O naufrágio causou a morte de 30 marinheiros.

Previamente, o ministro de Relações Exteriores tinha denunciado que a reimposição de sanções pelos Estados Unidos desafiava o máximo “tribunal da ONU e o Conselho de Segurança”.

– A intimidação dos Estados Unidos é contraproducente. O mundo não pode permitir que “Trump e companhia” destruam a ordem global – declarou.

O governo dos Estados Unidos sancionou 700 indivíduos, empresas e entidades do Irã, principalmente dos seus setores energéticos e financeiros. O país informou que oito países (China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia) estarão isentos durante seis meses dessas restrições à compra de petróleo.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, explicou que essas isenções buscam apenas “garantir um mercado petroleiro bem abastecido” e frisou que seu governo continuará com sua “campanha de pressão econômica sem precedentes” para forçar o Irã a acabar com suas “atividades malignas” no Oriente Médio.

*Com informações da Agência EFE

Leia também1 Governo dos Estados Unidos anuncia novas sanções ao Irã
2 Irã cobra posicionamento da ONU sobre sanções dos EUA