Irã cobra posicionamento da ONU sobre sanções dos EUA
País islâmico acusa governo americano de ter "conduta irresponsável"
Ana Luiza Menezes - 05/11/2018 19h06 | atualizado em 06/11/2018 08h51
Nesta segunda-feira (5), o Irã pediu que as Nações Unidas e os países que a integram deem uma resposta coletiva às novas sanções impostas pelos Estados Unidos, que entraram em vigor hoje.
– Esta conduta irresponsável dos EUA requer uma resposta coletiva da comunidade internacional para defender o Estado de direito, impedir que enfraqueça a diplomacia e proteger o multilateralismo – afirmou o embaixador iraniano na ONU, Gholamali Khoshroo.
Ele enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres. O documento defende que a organização e seus Estados-membros devem resistir às sanções e fazer com que os EUA prestem contas.
Khoshroo lembrou que o acordo nuclear assinado em 2015 foi consagrado com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. Ele também afirmou que as medidas impostas por Washington “violam flagrantemente” o tratado.
O embaixador iraniano argumenta que são sanções ilegais e que vão contra a carta de fundação das Nações Unidas, especialmente pela aplicação extraterritorial. Segundo o Irã, as medidas representam uma discriminação contra civis com base no seu país de residência ou nacionalidade e atacam o livre-comércio internacional.
As novas sanções americanas penalizam a venda de petróleo iraniano, bem como as transações financeiras com o Banco Central e o setor portuário do país. A ação trata-se uma tentativa de aumentar a pressão econômica sobre Teerã, após a decisão do governo de Donald Trump de abandonar o acordo nuclear de 2015.
*Com informações da Agência EFE
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