Irã afirma que EUA se arrependerão de sanções
País do Oriente Médio garante ainda que governo americano mudará de política
Ana Luiza Menezes - 06/11/2018 17h27

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, garantiu nesta terça-feira (6) que os Estados Unidos “se arrependerão” das sanções impostas à República Islâmica. Segundo ele, com o passar do tempo, os americanos se verão “obrigados a mudar de política” diante da falta de resultados.
– Nosso povo demonstrou que pode mudar a história com seu esforço e resistência e, desta vez, esta situação se repetirá e os EUA se arrependerão de suas medidas – disse Zarif.
O pronunciamento dele foi publicado, por meio de um vídeo, na página oficial do Ministério das Relações Exteriores iraniano. Além disso, o chefe da diplomacia iraniana lembrou que administrações americanas anteriores começaram seu mandato com políticas hostis contra o Irã, mas tiveram que voltar atrás.
– Tenho certeza de que o governo do senhor (Donald) Trump, depois de um tempo, também chegará a essa conclusão, que tais políticas não têm influência na determinação da grande nação do Irã, e será obrigado a mudar de política – ressaltou Zarif.
Na segunda-feira, o governo dos EUA sancionou 700 indivíduos, empresas e entidades do Irã, principalmente de seus setores energéticos e financeiros. O governo americano anunciou que oito países (China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia) estarão isentos durante seis meses das restrições à compra de petróleo da República Islâmica.
Para o ministro iraniano, as sanções estão dirigidas contra o povo iraniano e têm como objetivo criar divisão entre a população e o sistema da República Islâmica. Além disso, Zarif ressaltou que o governo em Teerã está trabalhando para minimizar seus efeitos.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, insistiu ontem que seu governo continuará com a campanha de pressão econômica para forçar o Irã a acabar com suas atividades malignas no Oriente Médio. As sanções americanas de segunda-feira complementam as que foram impostas em agosto e anunciadas em maio, quando os Estados Unidos se retiraram do acordo multilateral nuclear assinado em 2015.
*Com informações da Agência EFE
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