Amy Barrett diz que decisão pró-aborto pode ser revertida
Juíza indicada por Trump para Suprema Corte participa de audiência com o Comitê Judiciário do Senado dos EUA
Ana Luiza Menezes - 13/10/2020 21h05 | atualizado em 13/10/2020 21h15
Nesta terça-feira (13), a juíza Amy Coney Barrett, indicada pelo presidente Donald Trump para a vaga aberta na Suprema Corte, disse não considerar o caso Roe v. Wade (que autoriza o aborto em todo o país desde 1973) um “superprecedente” imune a reversão. Porém, ela acrescentou que isso não significa que a decisão deve ser revertida. As informações são do portal G1 e do site O Antagonista.
– Acadêmicos de diferentes lados do espectro político dizem que isso não significa que Roe [a decisão sobre o aborto] deva ser revertida – explicou Amy.
As declarações de Barrett foram dadas em resposta a perguntas da senadora Amy Klobuchar, do Partido Democrata.
– Estou respondendo a muitas perguntas sobre Roe [v. Wade], o que acho que indica que não está nessa categoria – falou ela, em referência aos “superprecedentes”.
Em 1973, a decisão da Suprema Corte dos EUA determinou que os estados americanos não podem proibir a prática do aborto, apesar de cada estado ter autonomia para impor restrições. De acordo com o decreto, os estados não podem implementar nenhuma restrição ao aborto no primeiro trimestre de uma gestação.
O Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos iniciou, na manhã de segunda-feira (12), a audiência com Amy Coney Barrett. As sessões devem acontecer até a próxima quinta-feira (15) presididas pelo senador Lindsey Graham.
Barrett foi indicada por Trump após a morte de Ruth Bader Ginsburg, que era juíza da Suprema Corte dos EUA.
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