Pleno.News - 10/02/2025 14h49 | atualizado em 10/02/2025 16h02

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, anunciou nesta segunda-feira (10) que não haverá troca de reféns israelenses por prisioneiros e detidos palestinos no próximo sábado, dia 15 de fevereiro, devido a “violações inimigas” israelenses dos termos do acordo de cessar-fogo.

– Consequentemente, a entrega dos prisioneiros sionistas programados para serem liberados no próximo sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até novo aviso – declarou o grupo terrorista em comunicado do porta-voz das Brigadas Al-Qassam, Abu Obeida.

No texto, Obeida alega que, desde o início do acordo de cessar-fogo, o Hamas “vem monitorando as violações e o descumprimento dos termos por parte do inimigo” e dá, como exemplo, o que diz ser um atraso na data em que os habitantes da Faixa de Gaza poderiam retornar ao norte do enclave.

Até agora, em um total de cinco trocas, 21 reféns vivos foram liberados – incluindo cinco tailandeses que não foram incluídos nessa primeira fase de trocas – em troca de cerca de 800 prisioneiros e detentos palestinos. Ao todo, 33 prisioneiros estão programados para serem liberados, incluindo oito mortos, conforme revelado pelo Hamas em janeiro.

O Fórum das Famílias dos Reféns, principal defensor de um acordo de cessar-fogo em Gaza, composto pelos entes queridos da maioria dos 76 prisioneiros restantes, pediu nesta segunda para que os mediadores de Catar, Egito e EUA intercedam “para ajudar a restaurar e implementar efetivamente o acordo existente”, depois que o Hamas adiou a libertação de prisioneiros.

– Apoiamos o governo israelense e incentivamos a manutenção das condições que garantirão a continuação bem-sucedida do acordo, o que levará ao retorno seguro de nossos 76 irmãos e irmãs – enfatizou o grupo, em comunicado.

*EFE

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