Venezuela: Guaidó quer pressão internacional para ter eleições
"Precisamos de uma solução política", declarou o líder opositor durante reunião virtual
Pleno.News - 12/03/2021 21h50 | atualizado em 12/03/2021 22h18

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó disse, nesta sexta-feira (12), que insistirá em sua política de pressão internacional contra o governo de Nicolás Maduro, de modo que o país realize eleições presidenciais e legislativas.
– Precisamos de uma solução política para o conflito na Venezuela, e isso só é possível através de eleições livres, justas e verificáveis. Temos de pressionar interna e internacionalmente para forçar essa solução – argumentou Guaidó.
As declarações dele foram divulgadas em um comunicado emitido pela assessoria de imprensa. As considerações foram feitas durante uma reunião virtual com pessoas que Guaidó nomeou como “representantes diplomáticas” da Venezuela em outros países.
Presidente (E) de Venezuela se reúne con todo el servicio exterior para orientar la presión internacional https://t.co/i8XL1VpL5T
— Centro de Comunicación Nacional (@Presidencia_VE) March 12, 2021
Na conversa, segundo o comunicado, Guaidó lembrou que dentro da “estratégia de luta” contra o governo de Maduro, que a oposição classifica como uma ditadura, está a atenção à crise humanitária que a Venezuela atravessa, a defesa dos direitos humanos, e “conseguir a maior pressão dentro do país e fora dele”.
– Construímos união e temos união. Quanto maior for a união e a pressão interna, maior será a pressão internacional. Devemos continuar a levantar a nossa voz em todos os espaços – insistiu.
Os representantes diplomáticos disseram estar dispostos a “continuar a levantar a voz em todos os países onde representam a Venezuela, além de continuar visibilizando a crise sem precedentes na nação”.
– A Venezuela precisa de um acordo de solução política para conseguir essas eleições livres – afirmou Guaidó aos participantes da reunião virtual.
Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por países como Estados Unidos e Brasil, entre outros, desafiou a legitimidade de Maduro como presidente em janeiro de 2019. Desde então, ele lançou uma campanha nacional e internacional, com o apoio dos EUA, para retirar Maduro do poder.
*Com informações da Agência EFE
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