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Giuseppe Conte, premiê italiano, renuncia oficialmente ao cargo

Presidente da República iniciará consultas com os partidos na tarde de quarta para verificar a possibilidade de construir uma nova maioria

Paulo Moura - 26/01/2021 09h48 | atualizado em 26/01/2021 09h58

Giuseppe Conte decidiu renunciar ao cargo Foto: EFE/EPA/Olivier Hoslet/POOL

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou, nesta terça-feira (26), sua renúncia oficial ao cargo que ocupava desde junho de 2018. A decisão de Conte foi oficializada após uma reunião com o presidente da República, Sergio Matarella, e aconteceu uma semana depois de ele ter “sobrevivido” a um voto de confiança no Parlamento.

Segundo a imprensa italiana, a decisão de Conte é reflexo de uma crise aberta pelo ex-primeiro-ministro e senador Matteo Renzi, líder do pequeno partido de centro Itália Viva (IV), que decidiu romper com o governo por discordar das políticas econômicas e da gestão de repasses da União Europeia feitas pelo agora ex-premiê.

Conte foi obrigado a pedir o voto de confiança do Parlamento na semana passada e conseguiu uma maioria estreita na Câmara dos Deputados (321 votos de um total de 630), porém teve de contentar-se com uma maioria relativa no Senado (154 de 320), obtida graças à abstenção de 16 membros do IV. O instrumento é usado pelo primeiro-ministro para pedir apoio em suas decisões.

No entanto, com a expectativa de uma derrota na votação no Senado na quarta-feira (27) sobre um relatório do ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, o que causaria a queda do governo, Conte decidiu antecipar-se e entregar o cargo.

O QUE ACONTECERÁ AGORA?
Com a renúncia de Conte em mãos, o presidente Mattarella iniciará consultas com os partidos na tarde de quarta-feira (27), para verificar a possibilidade de construir uma nova maioria no Parlamento. O presidente poderia, inclusive, indicar outra pessoa para formar um governo, dependendo dos resultados das conversas com as legendas partidárias.

Os partidos de direita Liga, de Matteo Salvini, e Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, querem a convocação de eleições, enquanto o partido de centro Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, que poderia ser redimensionado por uma ida antecipada às urnas, já defendeu um “governo de união nacional” para administrar a Itália nos próximos meses de pandemia.

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