Gaza: Israel e Hamas confirmam negociações sobre cessar-fogo
Representantes do governo de Israel e do Hamas afirmaram à imprensa internacional que um acordo de paz pode ser firmado nos próximos dias
Pleno.News - 20/05/2021 09h53 | atualizado em 20/05/2021 10h31

Em meio ao 11° dia de conflitos entre Israel e grupos armados palestinos, informações sobre o avanço de negociações para um cessar-fogo começam a surgir nos dois lados da fronteira.
Representantes do governo de Israel e do Hamas – principal grupo armado envolvido no conflito – afirmaram que um acordo de paz pode ser firmado nos próximos dias.
Um alto funcionário do governo israelense afirmou ao jornal norte-americano The New York Times que as partes “provavelmente” chegarão a um acordo nos próximos dois dias.
A mesma versão foi revelada por Moussa Abu Marzouk, um dos líderes do Hamas, que afirmou que o cessar-fogo deve ser confirmado “em um ou dois dias”, em entrevista a uma rede de TV libanesa.
Ainda de acordo com a publicação norte-americana, o cessar-fogo em discussão viria em etapas. A primeira condição seria o fim das ofensivas israelenses contra a infraestrutura e instalações do Hamas e o fim das tentativas de matar representantes do grupo.
Em contrapartida, o Hamas teria que interromper todos disparos de foguetes contra cidades israelenses. Israel também estaria exigindo que os palestinos parem de cavar túneis de ataque em direção a Israel e cessem as manifestações violentas na fronteira Gaza-Israel.
O acordo também incluiria etapas posteriores ao cessar-fogo entrar em vigor, incluindo a devolução dos corpos de dois soldados israelenses capturados pelo Hamas e de dois civis israelenses detidos pelo grupo. Em troca, disseram as autoridades, Israel permitiria a passagem de bens e fundos para Gaza.
Negociadores egípcios que trabalham na construção do acordo, em conversas reservadas com a Associated Press, afirmaram que aguardam a resposta de Israel sobre a proposta de cessar-fogo.
Oficialmente, Israel negou a existência de negociações ou a iminente assinatura de um acordo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu continuar a operação.
*Estadão
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