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França tem grande protesto contra polêmica lei de segurança

Manifestação, no sábado, terminou com incidentes

Pleno.News - 29/11/2020 13h25 | atualizado em 30/11/2020 13h02

França tem novo grande protesto contra polêmica lei de segurança Foto: EFE/ Christophe Petit Tesson

A polêmica lei, que visa limitar a disseminação de imagens das forças da ordem na França, foi alvo de mais um grande protesto, no sábado (28), que denunciou um cerceamento da liberdade. A manifestação terminou com incidentes.

O protesto em Paris, o segundo em uma semana, começou na Place de la République, no centro, e foi até a Bastille, mas se espalhou por outras cidades do país e reuniu milhares de pessoas.

Os incidentes aconteceram na capital quando chegaram à Bastilha, com algumas pessoas encapuzadas destruindo material urbano e a polícia jogando gás lacrimogêneo para tentar contê-los.

O apelo foi lançado por sindicatos, associações de imprensa, organizações de direitos humanos e até mesmo os “coletes amarelos” em uma nota conjunta. No texto, eles advertiram que se a lei for adiante a França corre o risco de ser acrescentada à lista de países que violam a liberdade de imprensa.

Manifestação terminou com incidentes Foto: EFE/ Christophe Petit Tesson

O projeto de lei, que foi aprovado em primeira leitura pela assembleia nacional nesta semana antes de ir ao senado, o que deve acontecer em janeiro, focaliza o artigo 24, que pune a divulgação de imagens de agentes com a intenção de prejudicá-los com até um ano de prisão e uma multa de 45 mil euros.

– Ela promove uma impunidade policial que já está bem presente com um governo que não se importa com os meios para atingir seu objetivo de restaurar a ordem – declarou Dominic Leroy, técnico em audiovisual e “colete amarelo”, que participou do protesto em Paris.

A maioria dos manifestantes era jovem, com cartazes como ‘Salve vidas, filme a polícia’ e imagens do último ato violento que provocou a ira da população, o ataque ao produtor musical, Michel Zecler, em um posto de controle. Ele foi abordado há uma semana por não usar máscara.

– É importante lutarmos por nossas liberdades. Se a lei for aprovada, será um passo para trás. O foco não deveria ser a proteção da polícia – argumentou Iana, uma estudante de 17 anos.

O primeiro-ministro da França, Jean Castex, propôs nesta semana que uma comissão independente examinasse e reescrevesse o artigo polêmico, mas teve que recuar e deixá-lo novamente exclusivamente para o Parlamento diante das críticas de ambas as casas.

O clamor contra a polícia também levou o presidente Emmanuel Macron a tentar enfrentá-lo com uma ampla mensagem nas redes sociais, na qual admitiu que as imagens da ação policial contra o produtor eram inaceitáveis.

Ao mesmo tempo, o chefe de Estado pediu a seu governo que fizesse propostas rapidamente para reafirmar o vínculo de confiança que naturalmente deveria existir entre o povo francês e aqueles responsáveis por protegê-lo.

*Com informações da Agência EFE

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