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Filho de ex-ditador das Filipinas vence eleição presidencial

Ferdinand Marcos Júnior ascende ao poder 36 anos após o pai ser deposto

Pleno.News - 10/05/2022 07h41 | atualizado em 10/05/2022 09h11

Ferdinand Marcos Júnior venceu eleições presidenciais nas Filipinas Foto: EFE/EPA/Francis R. Malasig

Ferdinand Marcos Júnior, filho do ex-ditador filipino Ferdinand Marcos, venceu as eleições presidenciais das Filipinas com mais do dobro dos votos da candidata Leni Robredo, atual vice-presidente. O resultado, que deve ser anunciado oficialmente em alguns dias, representa o renascimento da família que foi forçada a partir para o exílio, acusada de corrupção.

Cerca de 67 milhões de filipinos estavam habilitados a votar nas eleições de domingo, nas quais também foram eleitos um vice-presidente, deputados, a metade dos senadores e governadores de províncias. Marcos obteve a maior margem de vitória desde a década de 80, quando Corazón Aquino foi eleita, depois da deposição do ditador Ferdinand Marcos após uma revolta popular.

O ex-ditador foi deposto em 1986 e morreu no exílio em 1989. Em 1991, a família Marcos foi autorizada a retornar às Filipinas. O filho de Marcos e Imelda logo começou a trabalhar para reabilitar o nome do clã e iniciar sua ascensão política, conquistando cargos em nível estadual, antes de se tornar senador, em 2010.

Marcos, de 64 anos, obteve o apoio de milhões de eleitores que ficaram desiludidos com o tipo de democracia de seu país e o fracasso em atender às necessidades básicas de seus cidadãos. A pobreza nas Filipinas é generalizada, a desigualdade aumentou e a corrupção continua desenfreada.

A campanha de Ferdinand Marcos Júnior se esforçou para apresentar o período da ditadura do pai como de desenvolvimento. O nome da família, porém, continua manchado entre muitos filipinos que a consideram um símbolo de ganância e dos excessos, acusada de saquear até 10 bilhões de dólares (R$ 51,6 bilhões, na cotação atual) do Tesouro das Filipinas.

A mãe do presidente eleito, Imelda, foi acusada de desviar milhões dos cofres públicos para manter seu estilo extravagante de vida e comprar joias e imóveis em várias partes do mundo. Após a queda do marido, descobriu-se que a primeira-dama tinha uma coleção de cerca de 1.200 pares de sapatos.

*AE

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