Fernández quer fechar contrato bilionário com governo chinês
Acordo prevê construção de usina nuclear
Pierre Borges - 02/09/2021 12h05 | atualizado em 14/10/2021 12h44
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, demonstrou interesse em reativar um projeto de parceria com a China para a construção de uma usina nuclear no país latino-americano. A discussão do tema já havia surgido em 2014 e foi abandonada em 2017.
Não foram divulgados os valores que estão sendo negociados atualmente, mas o contrato anterior previa que a construção da usina custaria 8 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 41 bilhões), dos quais, 6,8 bilhões de dólares seriam seriam financiados pelo Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), em troca de participações acionárias.
A instalação produtora de energia seria a quarta usina nuclear do país e a terceira no complexo nuclear de Atucha, localizado na cidade de Lima, na província de Zárate, em Buenos Aires. No entanto, nenhuma das usinas já existentes na Argentina utilizam a tecnologia de reatores chineses.
Cristina Kirchner, a vice-presidente argentina, iniciou o projeto em 2014, quando era presidente. Durante a gestão do ex-presidente Maurício Macri, um plano de ação com o presidente chinês, Xi Jinping, chegou a ser assinado, mas, após um impasse, não recebeu aprovação formal.
O presidente da estatal Nucleoeléctrica Argentina SA, responsável pela energia nuclear da Argentina, já disse, em meados de agosto, que tem pressa em concluir as negociações para que a construção possa ser iniciada no segundo semestre de 2022.
O Ministério de Energia argentino também estuda a viabilidade da criação de um gasoduto que, se aprovado, será financiado por duas estatais chinesas: a PowerChina e a Shanghai Eletric Power Construction.
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