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Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a prisão

Park Geun-hye pegou 24 anos de cárcere por envolvimento em caso de corrupção

Jade Nunes - 06/04/2018 09h58

A ex-presidente sul coreana Park Geun-hye Foto: EFE/Ahn Young-joon

A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada nesta sexta-feira (6) por um tribunal de Seul a 24 anos de prisão pelo seu envolvimento no caso de corrupção da “Rasputina”, que culminou com sua cassação em janeiro de 2017.

A sentença, que foi transmitida ao vivo pela TV por quase duas horas, considera comprovada que a ex-presidente conservadora e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como a “Rasputina”, criaram uma vasta rede de favores através da qual extorquiram grandes empresas como Samsung, Hyundai e Lotte.

Park, de 66 anos, estava presa preventivamente desde março de 2017 e foi a primeira chefe de Estado sul-coreano cassada na democracia, cuja saída motivou uma antecipação nas eleições, vencidas em maio do ano passado pelo liberal Moon-Jae-in.

Além disso, o tribunal presidido pelo juiz Kim Se-yoon condenou a ex-governante ao pagamento de uma multa de 18 bilhões de wons (16,8 milhões de dólares).

A promotoria tinha pedido para ela 30 anos de prisão e multa de 118,5 bilhões de wons (95 milhões de dólares).

Park, que chegou ao poder em fevereiro de 2013, foi declarada culpada de 16 das 18 acusações no caso de corrupção da “Rasputina”, como abuso de poder, suborno e coação.

Na entrada do tribunal, uma multidão de simpatizantes da ex-presidente se reuniu agitando bandeiras do país e mostrando cartazes em inglês onde estavam escrito: “Parem os processos mortais contra Park Geun-hye” ou “O Estado de Direito morreu”.

A ex-governante, que não comparece ao tribunal desde outubro do ano passado alegando problemas de saúde, também não participou da audiência de hoje e denunciou que foi julgada de maneira imparcial e mantida presa preventivamente sem motivos.

É a primeira vez que a Coreia do Sul transmite pela televisão o veredicto de uma causa penal, depois que a Suprema Corte aprovou em 2017 uma emenda para permitir esta cobertura, se o próprio tribunal considerasse um caso de interesse público.

A sentença de hoje acontece depois que a conhecida como “Rasputina” sul-coreana ter sido condenada em fevereiro a 20 anos de prisão e a pagar uma multa milionária por ser o cérebro da trama de corrupção que escandalizou o país asiático.

Choi, amiga íntima de Park, era a principal responsável da ampla rede de tráfico de influência tramada ao lado da ex-presidente.

*Com informações da Agência EFE

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