Ex-presidente boliviana Jeanine Áñez é presa após pedido do MP
Ministério Público do país acusa ex-chefe de Estado de envolvimento na derrubada de Evo Morales em 2019
Paulo Moura - 13/03/2021 09h42 | atualizado em 13/03/2021 09h44
A ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, foi presa na madrugada deste sábado (13), segundo informações divulgadas pelo ministro de governo do país, Carlos Eduardo del Castillo, em publicação nas redes sociais. A detenção acontece após um pedido feito pelo Ministério Público boliviano contra Áñez e cinco de seus ex-ministros.
Segundo o MP da Bolívia, o grupo é investigado por envolvimento na derrubada do governo de Evo Morales em 2019. A acusação do MP, segundo documentos que circulam em redes sociais e identificados pelo jornal local “La Razón”, inclui terrorismo, traição e conspiração. A ex-presidente Áñez disse que “a perseguição política já começou”.
“O MAS [partido de Evo Morales e Luis Arce] decidiu voltar ao estilo de ditadura. É uma pena porque a Bolívia não precisa de ditadores, precisa de liberdade e soluções – disse Áñez.
A ordem de prisão inclui ainda ex-membros do alto comando militar boliviano em 2019, entre eles o almirante Palmiro Jarjuri, ex-comandante da Marinha; Jorge Gonzalo Terceros, ex-comandante da Força Aérea, o general Gonzalo Mendieta, ex-comandante do Exército; além do general Jorge Gonzalo Terceros, da Força Aérea Boliviana.
O ex-presidente boliviano Carlos Mesa, opositor ao atual governo de Luis Arce, disse que a Bolívia está “em um processo de perseguição política pior que nas ditaduras”.
– Age-se contra aqueles que defenderam a democracia e a liberdade em 2019. O poder judicial e o Ministério Público ‘massistas’ (apoiadores do MAS) são o martelo executor. Os autores da fraude se anistiam e fingem ser vítimas – completou.
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