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Evo Morales é reeleito, mas Brasil não reconhece vitória

Morales é acusado de fraudar urnas

Gabriela Doria - 26/10/2019 11h54 | atualizado em 26/10/2019 13h43

Evo Morales foi reeleito sob acusações de fraudar urnas Foto: EFE/Martin Alipaz

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou, nesta sexta-feira (25), que ainda não reconhece a vitória de Evo Morales para a Presidência da Bolívia. As urnas terminaram de ser apuradas neste sábado (26) e indicaram a reeleição de Morales.

No entanto, o pleito foi marcado por controvérsias e acusações de fraude por parte do atual presidente. O Itamaraty afirmou que quer uma auditoria nas urnas.

– Considerando-se as tratativas em curso entre a OEA e o governo da Bolívia para uma auditoria completa do primeiro turno das eleições naquele país, o Brasil não reconhecerá, neste momento, qualquer anúncio de resultado final – justifica o Itamaraty.

Depois de seis dias, o Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia concluiu a apuração das eleições gerais realizadas no domingo e confirmou nesta sexta-feira a reeleição de Evo Morales para o quarto mandato como presidente do país em primeiro turno, apesar das denúncias de fraude feitas pela oposição.

Bolivianos exigem segundo turno das eleições Foto: EFE/Martin Alipaz

Desde ontem, faltava contabilizar apenas 0,01% dos votos, que estavam em quatro atas de votação da região amazônica de Beni, processo só terminado hoje. Desta forma, o candidato à reeleição pelo Movimento ao Socialismo (MAS) ficou com 47,08% dos votos, contra 36,51% de Carlos Mesa, da aliança Comunidade Cidadã, que já disse não reconhecer o resultado do pleito.

A diferença de 10,57 pontos percentuais entre eles é suficiente para que Evo seja eleito em primeiro turno. Para que não haja a necessidade de uma nova disputa entre os dois candidatos mais bem votados no pleito, a legislação da Bolívia exige que um deles tenha mais do que 40% e uma vantagem de 10 pontos percentuais para o segundo colocado.

*Com informações da agência EFE

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