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Evo Morales diz que CIA “opera” na Bolívia para capturá-lo

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Pleno.News - 27/01/2025 18h39 | atualizado em 27/01/2025 19h04

Evo Morales Foto: EFE/ Luis Gandarillas ARCHIVO

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales disse, nesta segunda-feira (27), que a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos “opera” no país para capturá-lo, três meses depois de um suposto atentado contra sua vida que teria ocorrido em outubro de 2024 no Trópico de Cochabamba.

Morales denunciou, em 27 de outubro de 2024, que foi vítima de um “ataque armado” quando viajava por uma rodovia, culpou o presidente Luis Arce pelo ataque e, posteriormente, afirmou que o governo dos EUA estava envolvido no “atentado”.

Dias depois do suposto ataque, o ministro do Interior, Eduardo del Castillo, o acusou de atirar em vários policiais e ferir um deles enquanto realizavam uma fiscalização antidrogas de rotina.

No entanto, Morales afirmou que os policiais envolvidos no suposto ataque não usavam uniformes e estavam encapuzados e que, de acordo com algumas fotografias que ele viu, havia civis durante a transferência de um homem ferido.

Nesse dia, o ex-presidente questionou que, durante a operação supostamente realizada para “matá-lo”, havia estrangeiros vestidos como civis que usaram o helicóptero das Forças Armadas da Bolívia.

– [Veja] como os estrangeiros com mangas curtas, mochilas, estão entrando no helicóptero e quando chegam a Santa Cruz [são vistos] armados – disse Morales em entrevista à rádio Kawsachun Coca, veículo de comunicação que apoia o ex-presidente.

Morales disse que alguns membros das Forças Armadas entraram em contato com ele mais tarde para “dizer” que a CIA estava envolvida na operação.

– Perguntei e eles me disseram que a polícia havia contratado um colombiano para pilotar um helicóptero; as mesmas pessoas do governo me disseram que o colombiano era da CIA, isso me surpreendeu, perguntei aos militares e foi confirmado, ele é da CIA – afirmou o também ex-líder do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS).

Segundo Morales, membros do grupo de elite SWAT dos EUA também estão operando na Bolívia para capturá-lo.

De acordo com Morales, a operação foi preparada duas semanas antes “com bolivianos e estrangeiros” no Trópico de Cochabamba, seu reduto político e sindical, onde ele permanece desde outubro de 2024, protegido por seus apoiadores que o vigiam devido a um mandado de prisão contra ele por um caso de tráfico humano agravado que o envolve.

Segundo o ex-presidente, os estrangeiros ainda estão em território boliviano e ele pediu às organizações internacionais que investiguem o “ataque” e a presença de soldados “do império”.

Morales disse ainda que a “perseguição política” contra ele começou em 2021, quando descobriu que o governo Arce estava preparando uma operação chamada “Plano Negro” contra ele, na qual autoridades executivas, militares e policiais estavam envolvidas.

Ele também destacou que, desde aquele ano, Arce já havia demonstrado laços estreitos com os EUA e que essa “relação foi confirmada” no “ataque armado” que sofreu em outubro do ano passado.

Arce e Morales estão afastados desde 2021, devido a diferenças na gestão do MAS e do governo boliviano.

*EFE

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