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Gabriela Doria - 27/10/2019 14h52 | atualizado em 27/10/2019 14h56

Evo Morales é acusado de fraudar eleições na Bolívia Foto: Reprodução

O presidente da Bolívia, Evo Morales, que completou 60 anos neste sábado (26), participou de uma grande manifestação na região de Cochabamba para comemorar a vitória em primeiro turno nas eleições do último domingo (20). Em seu discurso, ele desafiou o Brasil, outros países da região e a comunidade internacional a provar que houve fraude no processo de apuração dos votos.

– Convido os chanceleres de Argentina, Brasil, Colômbia e Estados Unidos que venham até aqui, que façamos uma auditoria voto por voto. Se houver fraude, no dia seguinte convocamos um segundo turno – desafiou Morales.

Os países citados pelo presidente boliviano divulgaram um comunicado no qual pediam a realização de uma nova disputa entre Morales e o opositor Carlos Mesa, segundo colocado no pleito, para dissipar qualquer suspeita de fraude no processo de apuração.

Posteriormente, o Itamaraty divulgou uma nota no Twitter em que afirmava não reconhecer, por enquanto, os resultados das eleições na Bolívia.

– Considerando-se as tratativas em curso entre a Organização de Estados Americanos (OEA) e o governo da Bolívia para uma auditoria completa do primeiro turno das eleições naquele país, o Brasil não reconhecerá, neste momento, qualquer anúncio de resultado final – disse o órgão na rede social.

Enquanto Morales celebrava o triunfo, a oposição organizava manifestações contra o Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia e aproveitava a data do aniversário do presidente, que está há 13 anos no poder, para enviar a ele “presentes” em forma de protesto.

– Feliz aniversário, ditador. O TSE já deu o seu presente, em breve o povo lhe dará outro: vá embora – dizia um cartaz exibido por um manifestante em La Paz.

Outro opositor queria dar ovos a Morales, mas foi impedido de se aproximar da sede do governo para entregá-los.

Mesa, que já disse não reconhecer a vitória em primeiro turno de Morales, convocou seus eleitores a manter uma “mobilização permanente” até que uma nova votação seja realizada.

*Com informações da agência EFE

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