EUA realizam as duas últimas execuções da gestão Trump
Desde julho de 2020, a pena capital foi aplicada onze vezes
Monique Mello - 19/01/2021 14h24 | atualizado em 19/01/2021 15h26

No último sábado (16), o governo dos Estados Unidos cumpriu a 13ª e última execução federal sob a gestão do presidente Donald Trump.
Dustin Higgs, de 48 anos, foi condenado e sentenciado à morte em 2001 por supervisionar o sequestro e o homicídio de três mulheres em uma reserva florestal federal em Maryland. O crime aconteceu em 1996. Um homem chamado Willis Haynes era seu cúmplice e confessou ter atirado nas vítimas, sendo sentenciado à prisão perpétua em um processo separado.
De acordo com nota do gabinete federal, Higgs foi dado como morto às 4h23 no horário de Brasília, após liberação da Suprema Corte.
As palavras finais de Higgs foram “gostaria de dizer que sou um homem inocente”.
Dois dias antes, na quinta-feira (14), o executado foi Corey Johnson, de 52 anos. Corey era um ex-traficante de drogas, condenado à pena de morte por uma série de homicídios.
Os dois homens contraíram a Covid-19 em dezembro, e, na terça-feira (12), um juiz decidiu adiar as execuções por semanas. No entanto, o Ministério da Justiça anulou a decisão na quarta-feira (13), mesmo dia da execução da única mulher no corredor federal da morte, Lisa Montgomery.
A Suprema Corte dos EUA foi reformada por Donald Trump. Agora, dentre nove juízes, seis são conservadores. E 29, dentre os 50 estados norte-americanos, executam a pena de morte.
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