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EUA planeja concluir saída do Afeganistão no final de agosto

Informações foram confirmadas pela porta-voz da Casa Branca

Pleno.News - 02/07/2021 18h00 | atualizado em 02/07/2021 18h20

Presidente dos Estados Unidos Joe Biden Foto: EFE / EPA / FRANCOIS WALSCHAERTS / POOL

Os Estados Unidos planejam concluir sua retirada do Afeganistão até o final de agosto, dias antes do inicialmente previsto, embora mantenham uma presença diplomática no país, afirmou nesta sexta-feira (2) a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

– Agora, esperamos concluí-lo até o final de agosto – disse Jen Psaki, durante sua entrevista coletiva diária.

Este calendário é mais curto do que o inicialmente previsto pelo presidente americano Joe Biden, que fixou o prazo para 11 de setembro, quando farão 20 anos dos ataques que levaram à invasão do Afeganistão pelos EUA. A decisão, porém, foi criticada por ter aumentado o prazo em relação ao que tinha estipulado previamente Donald Trump, quando era presidente.

A porta-voz deu essas declarações horas depois de tomar conhecimento de que as forças dos EUA haviam entregado o controle da Base Aérea de Bagram, sua principal instalação militar no Afeganistão, às autoridades afegãs.

Ela também confirmou que, “antes do fim” do processo de retirada [das suas tropas] em agosto, os Estados Unidos vão transferir para outros países milhares de tradutores e outros trabalhadores afegãos que apoiaram as forças americanas durante as últimas duas décadas de guerra.

Embora Jen Psaki não quisesse dar mais detalhes “por razões de segurança”, a CNN informou hoje que Washington está negociando com o Tajiquistão, Cazaquistão e Uzbequistão para tais países receberem alguns desses trabalhadores afegãos, enquanto eles concluem um longo processo para obter um visto de entrada nos Estados Unidos.

O jornal The New York Times publicou em junho que mais de 18 mil afegãos trabalharam como tradutores, engenheiros, motoristas, guardas de segurança e funcionários da embaixada dos EUA durante a guerra e que estão em um limbo burocrático depois de terem solicitado o visto, conhecido como SIV.

Esses candidatos incluem também 53 mil membros da família.

– Nosso plano é realocar essas pessoas em algum lugar fora do Afeganistão antes de encerrar nossa retirada militar – enfatizou Psaki.

A porta-voz também minimizou a resposta abrupta que Biden deu hoje a jornalistas que lhe perguntaram sobre o Afeganistão durante uma cerimônia na Casa Branca.

Após ter sido questionado três vezes sobre o Afeganistão, Biden ficou incomodado e disse que não responderia a mais perguntas sobre aquele país, então acrescentou, visivelmente irritado, que este era um “fim de semana de feriado”, do Dia da Independência dos EUA, e que gostaria de falar sobre “coisas felizes”.

A porta-voz disse que os jornalistas estavam “tirando demasiadas conclusões” da reação de Biden, dizendo que ele simplesmente queria resolver a questão porque já havia respondido a três perguntas, não porque não parecesse ser uma questão importante.

Durante a conversa com a imprensa, o presidente dos EUA também expressou a opinião de que o governo do Afeganistão tem capacidade para se manter após a saída de soldados americanos de seu território, mesmo com a ameaça do Talibã.

A redução das tropas internacionais coincidiu com o aumento das ofensivas do Talibã e seu avanço nos territórios. Desde o início da retirada, os insurgentes capturaram quase 80 dos 407 distritos das forças governamentais.

*EFE

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