Leia também:
X Marinha americana confirma que vídeos com óvni são reais

ONU: EUA quer apoio do Brasil contra o aborto e pela família

Governo Trump enviou carta ao governo brasileiro pedindo união

Henrique Gimenes - 20/09/2019 15h29 | atualizado em 20/09/2019 16h14

Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro Foto: Alan Santos / PR

O governo dos Estados Unidos quer o apoio do Brasil em defesa de pautas conservadoras na Organização das Nações Unidas (ONU). Em julho, a gestão Trump enviou, ao governo do presidente Jair Bolsonaro, uma carta pedindo à gestão brasileira uma aliança em defesa de nascituros. A informação foi dada pelo colunista Jamil Chade, do portal Uol.

Além do Brasil, a carta foi enviada a outros governos conservadores, como a Arábia Saudita, o Iraque a o Egito. O texto, de acordo com o Uol, é assinado pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e pelo secretário de Saúde, Alex Azar e pede uma união de países para adotar uma postura contrária a termos como ‘saúde sexual e reprodutiva'”.

De acordo com os EUA, essas palavras são utilizadas como uma tentativa de promover o aborto.

A intenção é discutir o assunto na Assembleia Geral marcada para a próxima segunda-feira (23).

Na carta, segundo o veículo, os EUA pedem que o Brasil “se junte aos Estados Unidos para garantir que cada estado soberano tenha a capacidade de determinar a melhor maneira de proteger o nascituro e defender a família como a unidade fundamental da sociedade vital para que as crianças prosperem e tenham uma vida saudável”.

O governo Trump ainda se diz seriamente preocupado “diante dos esforços agressivos para reinterpretar os instrumentos internacionais para criar um novo direito internacional ao aborto e para promover políticas internacionais que enfraquecem a família têm avançado através de alguns fóruns das Nações Unidas”.

“Evidências disso são encontradas em referências em muitos documentos multilaterais de política de saúde global para interpretar ‘educação sexual abrangente’ e ‘saúde sexual e reprodutiva’ e ‘saúde e direitos sexuais e reprodutivos’ para diminuir o papel dos pais nas questões mais sensíveis e pessoais orientadas à família”, continua o texto.

O governo americano ainda aponta uma “pressão sobre os países para que abandonem os princípios religiosos e as normas culturais consagrados na lei que protegem a vida não nascida (…) Estas abordagens minam o nosso compromisso comum com o desenvolvimento sustentável e com a saúde para todos, não deixando ninguém para trás”.

“Os esforços para fazer avançar essas políticas prejudiciais em contextos multilaterais onde a política global de saúde é debatida e definida, como as Nações Unidas e órgãos afiliados, como a Organização Mundial da Saúde, são perturbadores e devem ser desafiados”, completa o texto.

Ao colunista, o Ministério de Relações Exteriores confirmou o recebimento da carta. Em nota, o Itamaraty informou que “o Brasil tem atuado a favor do fortalecimento do papel da família como importante pilar da saúde e nos termos da legislação brasileira com relação ao tema do aborto – considerado ilícito, com exclusão de punibilidade em três casos pontuais”.

Além disso, o governo brasileiro explicou que “na comunicação, o governo dos EUA convida o governo brasileiro e outros países a somar-se aos esforços para assegurar a soberania de cada Estado para definir a melhor maneira de proteger a vida e defender a família. Ressalta-se a linguagem empregada em documentos multilaterais, que poderia ser interpretada como estímulo à criação de um direito internacional ao aborto e promover políticas internacionais de enfraquecimento da família. Cita, igualmente, a interpretação ambígua a que se prestam expressões relacionadas aos temas de saúde sexual e reprodutiva e de educação sexual”.

Diz ainda que o país vê “com interesse a proposta de atuação conjunta e avalia sua forma de atuação com relação ao tema no âmbito da Reunião de Alto Nível”.

Leia também1 Bolsonaro irá à ONU, afirma porta-voz da Presidência
2 Bolsonaro define quais temas abordará em discurso na ONU

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.