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EUA e Brasil fecham acordo para combater terrorismo

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, participou de cúpula na Argentina

Jade Nunes - 20/07/2019 08h46 | atualizado em 20/07/2019 08h49

Mike Pompeo durante cúpula na Argentina Foto: EFE/Natacha Pisarenko

Os Estados Unidos (EUA) chegaram a um acordo nesta sexta-feira (19) com Brasil, Argentina e Paraguai para combater a “atividade ilícita” relacionada ao terrorismo na região.

Os EUA marcaram presença em uma cúpula em Buenos Aires. O Irã e a organização islamita libanesa Hezbollah foram citados como as principais ameaças.

A aliança entre os quatro países será concretizada através de reuniões semestrais entre funcionários dos ministérios de Relações Exteriores que terão seu primeiro encontro no Paraguai antes do fim deste ano.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, liderou a delegação que viajou a Buenos Aires para participar da Conferência Hemisférica de Luta contra o Terrorismo, e convidou os outros países participantes a seguirem os passos da Argentina, que nesta quinta-feira incluiu o Hezbollah na lista de organizações terroristas.

– Parabenizo a Argentina por designar o Hezbollah como organização terrorista. Convidamos os países do mundo e deste continente a seguirem o exemplo. Nenhum país anunciou hoje (sexta) que vai seguir a Argentina, mas espero que muitos o façam – declarou Pompeo.

Além do Hezbollah, o secretário de Estado também direcionou sua mira contra o Irã, ao qualificá-lo como uma das principais ameaças de terrorismo e ao acusá-lo de orquestrar uma “campanha global de terror”.

– Temos muitas nações ao redor do mundo dizendo a verdade sobre a República Islâmica do Irã, sua campanha global de terror e as atividades malignas que estão desenvolvendo – ressaltou Pompeo, que também atribui a Teerã o desenvolvimento de “um programa nuclear que é uma ameaça para todo o mundo”.

A Argentina acolheu esta cúpula internacional um dia depois que completaram 25 anos do atentado contra a associação judaica Amia, que causou a morte de 85 pessoas e cuja responsabilidade a comunidade judaica e a Justiça argentina atribuem ao então governo iraniano e ao Hezbollah.

Pompeo destacou que os EUA oferecerão uma recompensa por “informações que possam ajudar a identificar e deter” Salman Raouf Salman, considerado um dos organizadores do ataque contra a Amia.

– O Hezbollah mantém forte presença na América do Sul, nesta região, e está determinado a atacar qualquer um em qualquer lugar, como fez há 25 anos – afirmou Pompeo.

O secretário de Estado americano fez questão de enfatizar a boa relação entre os Estados Unidos e a Argentina e anunciou que os dois países aumentarão a “cooperação estratégica” em temas como “segurança, direitos humanos, democracia e desenvolvimento econômico”.

Além disso, Pompeo agradeceu à Argentina por seu trabalho no acolhimento de refugiados venezuelanos.

– A Argentina e sua gente mostraram grande generosidade aos mais de 150 mil refugiados venezuelanos que chegaram aqui. O mundo admira vocês por sua generosidade e eu também – elogiou Pompeo.

A referência do funcionário americano à Venezuela foi breve, mas taxativa. Ele garantiu que “(Nicolás) Maduro não voltará a governar” o país e sua gente, e o responsabilizou por criar uma “crise humanitária” e destruir a “vida real”.

A convenção, que contou com a participação de 18 países da região, representa a continuidade do encontro realizado em Washington no ano passado e terá uma nova reunião em janeiro na Colômbia.

*Com informações da Agência EFE

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