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EUA devem ter “tolerância zero” com violência de gênero

Assessora de Biden impulsiona plano sobre o tema

Pleno.News - 13/03/2021 15h11 | atualizado em 13/03/2021 15h23

Joe Biden, presidente dos EUA
Joe Biden, presidente dos EUA Foto: EFE/EPA/KEVIN DIETSCH / POOL

Os Estados Unidos devem avançar em direção à “tolerância zero” com violência contra as mulheres e impulsionar esse princípio também em nível internacional, afirmou à Agência EFE, nesta sexta-feira (12), a copresidente do novo Conselho de Política de Gênero da Casa Branca, Julissa Reynoso.

Em entrevista exclusiva à EFE, a assessora do presidente dos EUA, Joe Biden, explicou por que o novo conselho, criado na última segunda-feira (8), tem entre suas prioridades a criação de um plano de ação nacional para acabar com agressões e abusos contra as mulheres.

– É importante que possamos avançar com um plano de tolerância zero para a violência de gênero – declarou Reynoso.

A assessora copreside o novo conselho com Jennifer Klein, uma especialista em políticas de igualdade.

Os EUA têm uma lei sobre violência contra a mulher desde 1994, conhecida em inglês por sua sigla Vawa, mas muitas feministas acreditam que a legislação é insuficiente, especialmente na área de reparações e direitos legais para as vítimas.

– Obviamente, existe a lei, mas também temos que promover programas de prevenção, educação e assegurar que todas as políticas internas, desde o Departamento de Educação, até a assistência ao mundo através da Usaid e do Departamento de Estado, levem em consideração o impacto de nossas políticas no tratamento de gênero – disse Reynoso.

A diplomata de origem dominicana, que também serve como chefe de gabinete da primeira-dama, Jill Biden, argumentou que o novo Conselho de Política de Gênero terá um impacto equivalente ou até maior do que os ministérios de igualdade que existem em alguns países.

– O interessante deste processo é que ele não separa as questões de gênero do restante do governo, mas estamos na Casa Branca, somos um dos quatro (conselhos que assessoram diretamente o presidente) e nosso mandato é integrar gênero em todo o trabalho do governo – salientou.

O novo conselho é formado praticamente por todos os membros do gabinete de Biden, o que permite que as questões de gênero sejam elevadas a todos os níveis do Poder Executivo e torna seu trabalho, na visão da assessora, “muito mais impactante do que se houvesse um gabinete separado ou Ministério da Igualdade”.

A entidade que Reynoso copreside é o primeiro conselho dedicado às questões de gênero na história do país. Os integrantes assessorarão diretamente o presidente e tem entre seus objetivos capacitar muitos grupos feministas criados nos últimos anos como resultado de movimentos como o #MeToo.

*Com informações da Agência EFE

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