EUA aplicam sanções ao PCC e outros grupos criminosos internacionais
O país anunciou a criação de um Conselho sobre Crime Organizado Transnacional
Pleno.News - 17/12/2021 15h11 | atualizado em 17/12/2021 15h30

Na quarta-feira (15), o governo dos Estados Unidos impôs sanções contra grupos criminosos do Brasil, do México e da China. Os EUA também anunciaram a criação de um Conselho sobre Crime Organizado Transnacional, que busca processar mais rapidamente este tipo de atividades.
Entre os afetados pelas novas sanções anunciadas em comunicados do Departamento do Tesouro e da Casa Branca, está o Primeiro Comando da Capital (PCC), cujas operações englobam a América do Sul, os EUA e a Europa.
As autoridades americanas também destacaram como organizações de tráfico de drogas dois grupos mexicanos que emergiram do cartel Beltrán Leyva: Los Rojos e Guerreros Unidos, considerados responsáveis por grande parte do tráfico de heroína do México para os Estados Unidos.
Washington incluiu na sua lista de reis da droga o grupo chinês Chuen Fat Yip, que lidera uma rede na China dedicada à venda de fentanil e vários produtos químicos precursores, e várias empresas chinesas envolvidas nestas operações: Wuhan Yuancheng Gongchuang Technology, Shanghai Fast-Fine Chemicals e Hebei Atun Trading.
Como resultado da resolução, quaisquer ativos que esses grupos e empresas possam ter sob jurisdição dos EUA são congelados. Os sancionados também estão proibidos de efetuar transações financeiras com cidadãos dos EUA.
O novo conselho, estabelecido pelo presidente dos EUA, Joe Biden, por meio de uma ordem executiva, incluirá funcionários dos Departamentos de Justiça, Tesouro, Estado, Defesa, Segurança Nacional e do gabinete do diretor de Inteligência Nacional.
– As organizações de tráfico de drogas estão entre as ameaças mais significativas e com maiores recursos que os Estados Unidos enfrentam – disse um funcionário americano de alto cargo (que solicitou o anonimato), em entrevista por telefone.
Ainda segundo a fonte, com a criação do Conselho, Washington busca ter mais “agilidade e flexibilidade” para processar essas redes criminosas que “funcionam cada vez mais como conglomerados internacionais” e cujas operações representam “um risco para a estabilidade e eficiência dos mercados e sistemas financeiros”.
– As atividades incluem corrupção e violência em larga escala, minando o estado de direito e pondo em perigo os governos democráticos – acrescentou.
A fonte também observou que essas organizações “se afastaram das estruturas hierárquicas” e estão “agora mais descentralizadas, tendo os seus agentes financeiros pouco contato com os líderes, o que complica o rastreamento por parte das autoridades”.
*EFE
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