EUA ampliam lista sobre sanções contra Cuba
Documento mostra empresas e hotéis com as quais os americanos não podem negociar
Ana Luiza Menezes - 14/11/2018 21h22

Os Estados Unidos acrescentaram, nesta quarta-feira (14), 26 companhias, entre elas 16 hotéis, à lista de empresas com as quais os americanos são proibidos de negociar. A medida intensifica a linha dura de Washington em relação à ilha, justificada pelo suposto papel cubano na crise na Venezuela.
O Departamento de Estado americano informou sobre a atualização da lista por meio de um comunicado, e as mudanças entrarão em vigor amanhã. John Bolton, o assessor de segurança nacional do presidente Donald Trump, disse no último dia 1º que mais empresas entrariam para a lista de sancionadas.
– A opressão do regime venezuelano é possível graças ao apoio da ditadura cubana – denunciou Bolton em discurso em Miami.
Ele também descreveu Cuba, Venezuela e Nicarágua como um “eixo de tirania” que deveria ser combatido com rigor.
O documento foi criado como consequência de uma ordem decretada por Trump em junho de 2017 para proibir as transações com empresas controladas pelos serviços militares, de inteligência e de segurança de Cuba. A restrição só não vale para navios de cruzeiro e companhias aéreas americanas.
A lista afetava 180 empresas, entre elas o conglomerado empresarial do Exército, o Grupo de Administração Empresarial S.A. (Gaesa), que controla cerca de dois terços do comércio no varejo da ilha, e o grupo de turismo que depende dessa instituição, chamado Gaviota. Os 16 hotéis recém sancionados têm relação com a Gaviota, que controla cerca da metade dos quartos em estabelecimentos turísticos no país caribenho.
As sanções também afetam os Serviços de Telecomunicações aos Órgãos de Defesa (Sertod) e outra instituição relacionada com o Exército, a Agência de Certidão e Consultoria de Segurança e Proteção (Acerprot). Os americanos que visitarem a ilha também não poderão fazer compras em sete shoppings ou estabelecimentos sujeitos às sanções em lugares como Cayo de Santa María e Cayo Coco.
*Com informações da Agência EFE
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