Pleno.News - 22/08/2022 18h03 | atualizado em 22/08/2022 19h02

Nesta segunda-feira (22), os Estados Unidos responderam a Israel que um retorno ao acordo nuclear com o Irã é a forma “mais eficaz” de abordar suas preocupações de segurança. As declarações surgiram após o primeiro-ministro israelense em exercício, Yair Lapid, ter se mostrado contra o pacto.

– Israel tem preocupações profundas sobre o programa nuclear do Irã. Continuamos acreditando que um retorno mútuo ao acordo nuclear é a forma mais eficaz de abordar essas preocupações – disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.

Price se manifestou durante uma coletiva de imprensa. Ele assegurou que os EUA têm informado Israel “desde o primeiro dia” sobre o processo de negociação com o Irã para retomar o pacto nuclear de 2015, que limitou o programa nuclear de Teerã em troca do levantamento das sanções. O acordo foi abandonado pelo presidente Donald Trump, em 2018.

– Claro que o Irã figura de forma proeminente em quase todas as nossas conversas com os nossos parceiros israelenses. É frequentemente um tema central de conversa – disse o porta-voz.

O premiê interino israelense falou com o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira. Ele comunicou que o seu governo se opõe ao novo acordo nuclear que está sendo negociado com o Irã. Além disso, enfatizou que Israel se reserva ao direito de agir fora do acordo.

Os Estados Unidos continuam preparando a sua resposta às considerações do Irã, da semana passada, sobre a proposta final da União Europeia (UE) para um retorno ao acordo nuclear.

Price considerou “encorajador” o fato de o Irã “ter retirado algumas das suas exigências”, como o fim das sanções contra a Guarda Revolucionária Iraniana, mas ainda há “algumas questões pendentes” a serem resolvidas.

– Estamos trabalhando o mais rápido que podemos para dar uma resposta adequada ao documento iraniano. É um processo que queremos prosseguir com o rigor necessário. Posso garantir que não vamos demorar um único dia a mais do que o necessário – argumentou.

*EFE

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