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EUA acusam China de genocídio por repressão contra uigures

Mike Pompeo declarou que Pequim tem cometido crimes contra minorias

Pleno.News - 19/01/2021 18h54 | atualizado em 19/01/2021 19h25

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE

Naquela que pode ter sido a sua última ação contra a China, o governo dos Estados Unidos chamou de genocídio a repressão de Pequim contra a minoria uigur, abrindo a porta para possíveis sanções contra o gigante asiático; sanções que terão de ser avaliadas pela futura administração, comandada pelo democrata Joe Biden.

– Sob a direção e [o] controle do PCC (Partido Comunista da China), a China cometeu genocídio contra os uigures, predominantemente muçulmanos, e outras minorias étnicas e religiosas em Xinjiang. Acredito que este genocídio continua, e o que estamos vendo é uma tentativa sistemática de destruir os uigures pelo estado-partido chinês – declarou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em comunicado.

O secretário de Estado acrescentou que, desde março de 2017, Pequim tem cometido crimes contra uigures e outras minorias na província de Xinjiang, no Noroeste do território chinês.

– As autoridades governantes do segundo país economica, militar e politicamente mais poderoso da terra deixaram claro que estão envolvidas na assimilação forçada e [na] eventual eliminação de um grupo étnico e religioso minoritário vulnerável – denunciou.

Publicações de Mike Pompeo Foto: Reprodução

A esse respeito, Pompeo acusou Pequim de ter efetuado (e dado continuidade a) prisões arbitrárias de mais de 1 milhão de civis, esterilizações forçadas, tortura, trabalho forçado e restrições à liberdade de religião, de expressão e de movimento.

– Os julgamentos de Nuremberg, no final da Segunda Guerra Mundial, levaram à justiça os autores de crimes contra a humanidade, os mesmos crimes que estão sendo perpetrados em Xinjiang – recordou Pompeo.

A ação tomada pelo Departamento de Estado nesta terça-feira é incomum e poderia levar à imposição de novas sanções à China se o futuro governo de Biden assim o decidir.

*com informações da Agência EFE

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