Pleno.News - 11/03/2021 22h04 | atualizado em 12/03/2021 11h40

Os empresários venezuelanos querem investir no país, mas desconfiam do governo, do qual exigem “mais feitos do que palavras”, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (11) pela patronal Federação de Câmaras e Associações de Comércio e Produção da Venezuela (Fedecámaras).

Entre as 1.116 pessoas consultadas, que se identificaram como empresários filiados a uma associação empresarial, 82% consideram que, “se as exigências políticas do governo não forem satisfeitas, continuam a correr o risco de perder os seus negócios ou a sua liberdade”.

A mesma percentagem sustenta que, em um cenário de negociações entre o chavismo e a oposição, com apoio internacional, o setor privado deveria participar como um novo ator independente.

A Assembleia Nacional (AN, parlamento) lançou uma comissão de diálogo nacional chefiada pelo presidente da casa, Jorge Rodríguez, em nome do chefe de Estado, Nicolás Maduro. Esta comissão abriu um processo de negociação com a Fedecámaras, para o qual estabeleceram um grupo de diálogo permanente.

Sobre esse primeiro encontro entre Rodríguez e Fedecámaras, 51% dos entrevistados não o consideram “muito relevante” e pensam que “é mais do mesmo”, e 31% veem a reunião entre as duas instituições como “altamente significativa e necessária”.

Além disso, 51% dos empresários disseram desconfiar “da promessa do governo de respeitar as regras do jogo favoráveis aos empresários, desde que não se envolvam em atividades políticas”.

O estudo indica que 84% afirmaram que “a primeira condição para que os grandes investimentos privados cheguem à Venezuela é que haja paz social e política no país”, e 87% consideram “obrigatório que exista um novo quadro jurídico para proteger os empresários”.

*Com informações da Agência EFE

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