Ana Luiza Menezes - 19/10/2020 16h55 | atualizado em 19/10/2020 16h56

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que seis agentes da inteligência militar da Rússia se tornaram réus por causa de hackeamento. As atividades criminosas incluíram ciberataques durante as Olimpíadas de Inverno, eleições na França e um ataque em 2017 que teve o objetivo de desestabilizar a Ucrânia. As informações são do site O Antagonista.

Um um júri federal em Pittsburgh acolheu a denúncia contra os agentes russos na última quinta-feira (15), segundo o departamento de Justiça. Os reús integram a Unidade 74455 do Diretório Central de Inteligência (GRU).

– Seus ataques por computador usaram alguns dos malware [programas maliciosos] mais destrutivos já existentes, (…) incluindo: KillDisk e Industroyer, que causaram blecautes na Ucrânia; o NotPetya, que causou quase US$ 1 bilhão em perdas a três vítimas identificadas no indiciamento; e o Olympic Destroyer, que danificou milhares de computadores usados para apoiar as Olimpíadas de Inverno em PyeongChang (na Coreia do Sul) – informou o departamento, por meio de nota.

Nas investigações, o Departamento de Justiça americano teve ajuda de empresas como Twitter, Facebook, Cisco e Google.

Os seis russos foram acusados de fraude eletrônica, associação criminosa, registro falso de domínio na internet, roubo de identidade com agravante e hackeamento. Os crimes teriam sido cometidos entre novembro de 2015 e outubro de 2019.

O jornal The New York Times destacou que não foi esclarecido se os agentes russos vão responder ao processo no tribunal, visto que a Rússia não deve entregá-los aos EUA.

Os nomes e idades dos acusados foram revelados. Os russos são Sergey Vladimirovich Detistov, de 35 anos; Petr Nikolayevich Pliskin, de 32; Yuriy Sergeyevich Andrienko, de 32; Pavel Valeryevich Frolo, de 28; Artem Valeryevich Ochichenko, de 27; Anatoliy Sergeyevich Kovalev, de 29.

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